O
cidadão comum que decide ir até a Câmara no dia da apresentação do tal
relatório de receitas e despesas, encontra dificuldades, pois há muitas
informações técnicos complicadas para quem não é do ramo.
A
Lei Complementar 101/2000 determina que seja realizada uma audiência pública, e
isso também é feito, mesmo que às vezes, com poucas pessoas, a maioria
entendendo muito pouco do que se fala na ocasião.
De
vez em quando o gestor de plantão fica mais ou menos incomodado quando os
vereadores resolvem pedir explicações mais detalhadas sobre determinados
assuntos, como aconteceu semana passada.
O
contador da Prefeitura de Itaituba, conhecido por Claudinho, teve dificuldades
para esclarecer algumas dúvidas levantadas por alguns vereadores, e isso causou
certo incômodo.
Do
mesmo jeito que aconteceu em 2017, em 2018 a administração do prefeito Valmir
Clímaco não está conseguindo cumprir a exigência da LRF, de não ultrapassar o
percentual de 54%, o máximo que deve ser gasto com pagamento da folha de
pessoal.
Na
prestação de contas do ano passado, 2017, o município fechou o ano com a folha
de pagamento atingindo 63%, e isso se repetiu neste primeiro quadrimestre de
2018, pois chegou aos 62%.
Outro
ponto percebido, para o qual alguns edis chamaram atenção foi na prestação de
contas da secretaria de Educação, quanto à aplicação de apenas 17% da
arrecadação própria, quando a lei exige que no mínimo deve ser na ordem de 25%.
Faltaram 8%. Isso dá problemas para a gestão, mais cedo, ou mais tarde.
Já
na saúde, foi cumprido e até superado o que determina a LFR, com mais de 15%
aplicados.
O
contador Claudinho esforçou-se para justificar alguns questionamentos a certa
altura, apertado pelos vereadores. Disse que alguns dos problemas levantados
acontecem em todo o Brasil.
O
vereador Peninha retrucou, respondendo que ele é vereador em Itaituba, e é aqui
que ele tem que estar atento e pedir explicações a respeito do que acontece no governo
do município.
Peninha,
do mesmo partido do prefeito Valmir Clímaco, quis saber do contador da PMI,
porque os mais de três milhões de reais do convênio com o Bradesco, para que a
folha de pagamento da prefeitura continuasse nesse banco não constam desse
relatório quadrimestral.
A
mesma pergunta foi feita pela vereadora Maria Pretinha, que foi além, querendo saber em que tinha gasto do dinheiro.
O contador respondeu que foi utilizado para pagamento de pessoal.
O contador respondeu que foi utilizado para pagamento de pessoal.
Claudinho
enrolou-se todo, mas, e não soube responder.
Já
o vereador Diego Mota deu um aperto no secretário de Educação, Amilton Pinho
onde foram cavados os poços artesianos nos quais foram gastos cerca de 4810 mil
reais.
Amilton
tentou explicar, mas, não explicou convincentemente. Diego quer uma relação
desses poços, pois o número deve bem expressivo.
Enquanto
isso, o vereador Davi Salomão não teve uma dúvida tirada a respeito do montante
que a prefeitura recebeu de Contribuição de Iluminação Pública, repassado pela
Celpa.
Nesse
relatório apareceu um valor superior a R$ 500 mil, porém, há duas semanas, em
reunião realizada na Câmara com vereadores, representantes da concessionária estadual
de energia elétrica informaram que o repasse foi de mais de R$ 800 mil. Salomão
quer saber a verdade.
O
que não estiver dentro dos conformes poderá ter parecer negativo de parte do Tribunal
de Constas dos Municípios, quando forem encaminhadas para lá.
Seja
como for, essa foi uma das apresentações de relatórios quadrimestrais onde o
contador da prefeitura teve mais trabalho, e mesmo assim, saiu da Câmara sem
conseguir responder algumas perguntas.
Todas as informações prestadas pelo contador, constante do relatório quadrimestral, são de domínio público, encontrando-se no site do TCM.
Todas as informações prestadas pelo contador, constante do relatório quadrimestral, são de domínio público, encontrando-se no site do TCM.
Jota
Parente
Nenhum comentário:
Postar um comentário