A Câmara tenta consertar o estrago da aprovação da lei que aprovou aumentando o valor da taxa de iluminação pública.
A iniciativa foi do Executivo, mas, a conta mais salgada quem está pagando são os vereadores e por razões óbvias, pois, se não tivessem aprovado, a lei não existiria.
Enviado aos 44 minutos do segundo tempo, posto que o pedido do prefeito chegou nas últimas horas da derradeira sessão de 2017, os vereadores ficaram na famosa sinuca de bico. Se votassem, como votaram, corriam riscos por se tratar de matéria que mexeria no bolso do contribuinte; se não votassem, ficariam mal com o prefeito.
O bom senso mandava não votar.
Não se tratava de não aprovar, pois até rejeitar não seria uma decisão correta, pois não conheciam detalhes da matéria. Era simplesmente não votar. Mas, votaram e o castigo veio a galope.
Na sessão de ontem os vereadores Peninha e Júnior Pires abordaram essa questão a fundo.
Peninha apresentou um projeto de lei com a finalidade de revogar tal lei, para o qual pediu apoio dos demais edis.
Júnior Pires, em seu discurso disse que, humildemente, pedia desculpas à população por ter votado pela aprovação dessa polêmica lei que tem sido causa de tanto furor dos usuários do serviço de energia elétrica. Falou que é a favor de mudança na lei para eliminar distorções.
Antes disso, no pequeno expediente, já havia sido lido um ofício do vereador Wesley Tomaz, endereçado ao prefeito Valmir Clímaco, no qual apresenta uma série de razões para que a lei seja mudada.
O prefeito não parece sensibilizado com as reclamações de quem usa energia elétrica em casa, no comércio ou em estabelecimento industrial. E quem não usa?
Ele disse em entrevista ao programa o Assunto é Este e ao Cinco Minutos com Jota Parente, que até agora ninguém lhe mostrou um talão de conta de energia elétrica provando que houve aumento absurdo da CIP.
Falou Valmir, que se ficar provado que de fato houve aumento abusivo, vai sentar com os vereadores para discutir o problema.
Seja qual for o resultado disso, seja ou não mudada a lei, a conta que os vereadores estão pagando é muito salgada.
Caso não seja mudada a lei, passarão os atuais vereadores para a historia, como a composição da Câmara que meteu a mão no bolso do contribuinte, ou dos eleitores. E isso poderá pesar na hora da decisão em quem votar na próxima eleição.
Jota Parente
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