RIO - Uma onda de violência em meio ao carnaval de
rua, que teve três arrastões na Praia de Ipanema em menos de 24 horas, pôs em
xeque o planejamento da segurança para a folia carioca, também marcada pela
falta de ordenamento e por um colapso nos transportes públicos. Os problemas ocorrem
enquanto o prefeito Marcelo Crivella faz uma viagem pela Europa, e o governador
Luiz Fernando Pezão descansa em Piraí, sua cidade natal, no interior.
Coube ao comandante-geral da PM, coronel Wolney
Dias, a tarefa de tomar uma medida. Sob o argumento de que “o cobertor é
curto”, ele anunciou ontem um remanejamento de parte do efetivo de 17 mil
homens mobilizados para a festa que, segundo a Riotur, reúne este ano 6,5
milhões de pessoas. Mas uma das soluções encontradas pelo oficial foi deslocar
para a orla da Zona Sul e o Centro equipes do Batalhão de Choque que reforçam o
policiamento na Rocinha, alvo há cinco meses de operações e de uma disputa do
tráfico.
— Estamos com poucas viaturas, o que não dá visibilidade ao nosso
trabalho. Veja, por exemplo, como foi o Bloco da Favorita (que, no sábado, levou quase 700 mil
pessoas à Praia de Copacabana). Do alto, grupos de policiais,
misturados à multidão, pareciam pontinhos — lamentou Wolney.
Horas antes de o comandante da PM
dar a entrevista, o porta-voz da corporação, major Ivan Blaz, disse à Globonews
que órgãos de ações sociais têm que atuar mais nas ruas e recomendou aos
foliões que “não ostentem joias” e evitem fazer selfies com celulares.
— Pedir isso é lamentável, mas,
infelizmente, é a realidade que vivemos — justificou Blaz. (O Globo)
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