Os dois jornalões de Belém, Diário e O Liberal, estamparam
manchetes diferentes em suas edições eletrônicas.
O
Diário do Pará estampou: Noite sangrenta tem série de mortes na grande Belém.
O
Liberal: Sargento da PM morre após ser baleado no Guamá.
As
duas manchetes são verdadeiras, mas, o que o leitor menos atento não percebe é
a intenção de ambas.
A
do Diário está mais em acordo com a dimensão do fato, porque, embora seja
sempre impactante a morte de um policial, dez mortes em uma única noite tem um
impacto muito maior.
Costumeiramente,
os dois jornalões estão sempre tentando defender os seus interesses políticos,
e tudo que possa depor contra isso é combatido. Mesmo que seja com o silêncio.
O
Diário, ao contar os fatos em detalhes, alfineta o governo de Simão Jatene,
cuja política de segurança pública é uma falácia em todo o estado.
Já
O Liberal, ao destacar apenas a morte do sarmento da PM, fala a verdade, mas,
apenas uma parte dela, camuflando o elevado número de mortes violentas na
capital.
Nada
de mais para um país que tem sua maior rede de comunicação, a Rede Globo, tentando
forçar todos a seguirem comportamentos que agridem as famílias brasileiras.
Isso
tudo deveria ser discutido pelos leitores, se o povo tivesse o hábito de ler jornais
e revistas. Porém, fazemos parte da Geração WhatsApp, mídia instantânea na qual
os acontecimentos podem ser acompanhados em tempo real, o que é muito positivo
e democratiza a informação, que antes disso era propriedade dos grandes
conglomerados de comunicação, mas, que infelizmente, um grande número de
pessoas utiliza apenas para discutir frivolidades. Esse é o lado negativo.
Jota
Parente
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