domingo, janeiro 07, 2018

Os jornalões de Belém e a geração WhatsApp

Os dois jornalões de Belém, Diário e O Liberal, estamparam manchetes diferentes em suas edições eletrônicas.

O Diário do Pará estampou: Noite sangrenta tem série de mortes na grande Belém.

O Liberal: Sargento da PM morre após ser baleado no Guamá.

As duas manchetes são verdadeiras, mas, o que o leitor menos atento não percebe é a intenção de ambas.

A do Diário está mais em acordo com a dimensão do fato, porque, embora seja sempre impactante a morte de um policial, dez mortes em uma única noite tem um impacto muito maior.

Costumeiramente, os dois jornalões estão sempre tentando defender os seus interesses políticos, e tudo que possa depor contra isso é combatido. Mesmo que seja com o silêncio.

O Diário, ao contar os fatos em detalhes, alfineta o governo de Simão Jatene, cuja política de segurança pública é uma falácia em todo o estado.

Já O Liberal, ao destacar apenas a morte do sarmento da PM, fala a verdade, mas, apenas uma parte dela, camuflando o elevado número de mortes violentas na capital.

Nada de mais para um país que tem sua maior rede de comunicação, a Rede Globo, tentando forçar todos a seguirem comportamentos que agridem as famílias brasileiras.

Isso tudo deveria ser discutido pelos leitores, se o povo tivesse o hábito de ler jornais e revistas. Porém, fazemos parte da Geração WhatsApp, mídia instantânea na qual os acontecimentos podem ser acompanhados em tempo real, o que é muito positivo e democratiza a informação, que antes disso era propriedade dos grandes conglomerados de comunicação, mas, que infelizmente, um grande número de pessoas utiliza apenas para discutir frivolidades. Esse é o lado negativo.


Jota Parente

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