G1 - O Ministério Público
Federal (MPF) no Distrito Federal pediu a condenação dos ex-deputados Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) em alegações finais
apresentadas à Justiça Federal na ação penal derivada da operação Sépsis, que
investiga desvios no Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), administrado
pela Caixa Econômica Federal. Os dois políticos estão presos e são investigados
em várias frentes.
Para Eduardo Cunha, o
Ministério Público pediu pena de 386 anos de prisão por crimes de corrupção
passiva e ativa, prevaricação (crime contra a administração pública) e lavagem
de dinheiro. Para Henrique Eduardo Alves, ex-ministro e
ex-lpresidente da Câmara, o MP pede 78 anos de prisão por corrupção passiva e
lavagem de dinheiro.
A defesa de Eduardo Cunha
afirmou que o documento do MPF é uma “ficção científica, sem provas, com
afirmações inverídicas que não podem sustentar uma condenação”.
Para a defesa de
Henrique Alves, o pedido de condenação "é completamente absurdo".
"O Ministério Público, que é também fiscal da lei, deveria ter a dignidade
de reconhecer não haver provado qualquer fato criminoso em relação a ele e
pedir sua absolvição. Lamentavelmente se vive um momento no País em que se
busca condenações a qualquer custo, mesmo que ela não esteja baseada na prova
dos autos", afirmaram os defensores do ex-ministro.
O pedido do MPF foi
enviado à Justiça Federal em Brasília. Antes de decisão do juiz do caso,
Vallisney de Oliveira, os acusados também vão apresentar alegações finais.
No documento de 118 páginas,
o MPF também explica as penas sugeridas a Cunha e Henrique Alves, observando
que os dois são "políticos experientes" e "ocupantes dos mais
altos cargos da República".
"Iguamente é
essencial para a definição das penas de Henrique Alves e Eduardo Cunha a
constatação de serem estes criminosos em série (criminal serial), fazendo da política e da vida
pública um caminho para a vida delituosa", argumentou o MPF no pedido à
Justiça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário