Como esperado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva perdeu o recurso em segunda instância, e por 3x0. Nenhuma novidade, pois,
o histórico do TRF4 é de confirmação da sentença em primeira instância.
Dito isto, atenho-me a outros detalhes da vida do
ex-presidente, mesmo porque não sou operador do Direito para querer discutir
detalhes jurídicos.
Lula não sabia de nada que estava acontecendo nas
suas barbas quando era presidente da República. Estavam dilapidando o País, sem
o seu conhecimento.
Suponha-se que, de fato, ele não soubesse de nada.
Então, nem ele, nem Dilma serviam para ocupar o mais alto cargo da nação
brasileira, por absoluta incapacidade.
Institucionalizou-se a corrupção que sempre
existiu, mas, que nunca na história deste país, como gostava de dizer Lula em
seus discursos na presidência, foi tão organizada e tão volumosa. Nunca, antes,
na história deste país, roubou-se tanto e de forma tão orquestrada.
Não foi o governo do PT que inventou a corrupção no
Brasil, mas, ajudado diretamente pelo PMDB e por outros partidos da base
aliada, aprimorou-a.
Perto do rombo que foi feito na economia nacional,
o que se atribui de culpa a Lula é gorjeta de garçom. Então, se é tão pouco,
tão pequeno do que se acusa o ex-presidente, porque ele foi condenado?
O conjunto da obra é a resposta. O desastre do
governo dele e de Dilma são os responsáveis, pois enfiaram o Brasil em uma
crise sem tamanho, crise política, crise econômica, crise moral.
Apesar de todas as justificativas jurídicas que não
ouso discutir por falta de conhecimento, claramente, a maioria da população
brasileira esperava e torcia para que Lula fosse condenado, embora ele ainda
detenha uma parcela significativa da opinião pública a seu favor. E é provável
que essa manifestação popular tenha dado ainda mais força para o Judiciário.
Sem que nenhuma palavra tenha sido dita a esse
respeito, não dá para fechar os olhos para o ingrediente político de todo esse processo,
pois, a obra do PT e seus aliados e, repito, o maior deles, que chancelou tudo
de ruim que aconteceu nesse tempo todo, o PMDB, não poderia ficar impune. E
essa foi a oportunidade.
Hoje, no meio petista, paira a incerteza do futuro
político.
Os juristas, em sua maioria, consideram que, caso a
candidatura de Lula chegue à Justiça Eleitoral para registro, ela será barrada
pelo TSE. E sem Lula, o PT não tem nome forte para entrar na luta pela
presidência.
Se isso acontecer, virar-se-á uma página da
história política do Brasil, que melhor seria que não tivesse acontecido.
Seja como for, o que os brasileiros de bem esperam
é que o Brasil pós-Temer seja melhor do que o dos últimos quinze anos.
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