terça-feira, novembro 21, 2017

Evitar abusos contra crianças e adolescentes não é dever somente do Conselho Tutelar

Na semana passada, a Câmara Municipal colocou em discussão o projeto de lei que trata da violência no transito, e o número de acidentes mostra que realmente esse assunto requer uma atenção especial das autoridades, mas, existe outro tipo de violência que silenciosamente vem crescendo de forma assustadora em Itaituba. Refiro-me ao crime de abuso sexual contra crianças e adolescentes.

O alerta vem do Conselho Tutelar, que está abarrotado de denúncias e, o mais grave é que órgão não dispõe da estrutura necessária para o trabalho dos conselheiros.

Outro problema é a falta de apoio dos órgãos competentes, na esfera policial, pois, os casos que são registrados não tem a devida celeridade para a punição do acusado, agilidade que também deve ser cobrada da justiça e do ministério público, pois abuso sexual contra crianças e adolescente é por natureza um crime difícil de ser combatido, uma vez que grande maioria das vezes acontece no seio familiar, e temendo as ameaças do agressor, a família se fecha num pacto de silencio, permitindo a impunidade do criminoso que se sente cada vez mais à vontade para continuar na pratica delituosa.  

Em paralelo ao crime de abuso, cresce, também, a exploração sexual de crianças e adolescentes, e esse crime ocorre até mesmo à luz do dia nos distritos de Miritituba, Campo Verde e Morais Almeida.

Essas localidades estão completamente desamparadas, pois não contam se quer com a presença de conselheiros tutelares, o que deixa terreno livre para a ação de aliciadores.

O alerta sobre o crescimento desses crimes vem à público no momento em que se comemora o Dia do Conselheiro Tutelar (18/11), e expõe a fragilidade dos órgãos que tem a obrigação de promover as políticas públicas de proteção social preconizadas no Estatuto da Criança e do Adolescente.

A sociedade itaitubense não pode mais fechar os olhos para essa chaga que está destruindo a vida de crianças e adolescentes. É preciso denunciar, cobrar das autoridades competentes uma atenção maior para esse tipo de violência, pois, o silencio e o desamparo das famílias favorece os autores desses crimes.

A Câmara de vereadores poderia, também, entrar nessa luta em defesa de nossas crianças e adolescentes.

Jornalista Weliton Lima

Comentário do Focalizando

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