Na semana passada, a Câmara Municipal colocou
em discussão o projeto de lei que trata da violência no transito, e o número de
acidentes mostra que realmente esse assunto requer uma atenção especial das
autoridades, mas, existe outro tipo de violência que silenciosamente vem
crescendo de forma assustadora em Itaituba. Refiro-me ao crime de abuso sexual
contra crianças e adolescentes.
O alerta vem do Conselho Tutelar, que está
abarrotado de denúncias e, o mais grave é que órgão não dispõe da estrutura necessária para o
trabalho dos conselheiros.
Outro problema é a falta de apoio dos órgãos
competentes, na esfera policial, pois, os casos que são registrados não tem a
devida celeridade para a punição do acusado, agilidade que também deve ser
cobrada da justiça e do ministério público, pois abuso sexual contra crianças e
adolescente é por natureza um crime difícil de ser combatido, uma vez que grande
maioria das vezes acontece no seio familiar, e temendo as ameaças do agressor, a família se fecha
num pacto de silencio, permitindo a impunidade do criminoso que se sente cada
vez mais à vontade para continuar na pratica delituosa.
Em paralelo ao crime de abuso, cresce, também,
a exploração sexual de crianças e adolescentes, e esse crime ocorre até mesmo à
luz do dia nos distritos de Miritituba, Campo Verde e Morais Almeida.
Essas localidades estão completamente desamparadas,
pois não contam se quer com a presença de conselheiros tutelares, o que deixa
terreno livre para a ação de aliciadores.
O alerta sobre o crescimento desses crimes vem
à público no momento em que se comemora o Dia do Conselheiro Tutelar (18/11), e
expõe a fragilidade dos órgãos que tem a obrigação de promover as políticas
públicas de proteção social preconizadas no Estatuto da Criança e do Adolescente.
A sociedade itaitubense não pode mais fechar os
olhos para essa chaga que está destruindo a vida de crianças e adolescentes. É
preciso denunciar, cobrar das autoridades competentes uma atenção maior para
esse tipo de violência, pois, o silencio e o desamparo das famílias favorece os
autores desses crimes.
A Câmara de vereadores poderia, também, entrar
nessa luta em defesa de nossas crianças e adolescentes.
Jornalista
Weliton Lima
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do Focalizando
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