segunda-feira, novembro 13, 2017

A polêmica do Projeto de Lei do horário de bares e casas noturnas

O projeto de lei em tramitação na Câmara de Vereadores prevendo a redução de horário para o funcionamento de bares e casas noturnas tornou-se o assunto mais comentado da semana.

Estudos mostram que em cidades com limite de horário para o funcionamento desses estabelecimentos, o número de homicídios diminuiu, só que o alvo do projeto em discussão é a violência no transito, que de acordo com o parecer do Conselho Municipal de Segurança Pública estaria associada ao consumo de álcool pelos motoristas que saem das baladas noturnas.

Essa questão não é tão óbvia assim, pois, os acidentes de trânsito resultam de uma somatória de fatores, e o horário de funcionamento das casas noturnas, nesse caso, parece não ser a causa preponderante para explicar o grande número de acidentes registrados em Itaituba.  

As casas noturnas precisam, sim, passar por adequações, e as normas para esse tipo estabelecimento possuem regras expressas, como o alvará em dia, assim como a capacidade máxima de público que o ambiente comporta exposta em local visível, bem como saídas de emergências bem sinalizadas.

Além disso, a prefeitura e o corpo de bombeiros devem divulgar na internet, todas as informações complementares, como licenças e laudos concedidos e também o resultado de vistorias e pericias e o prefeito, bombeiros e demais agentes públicos que não cumprirem essas determinações podem inclusive responder por crime de improbidade administrativa.

Se a lei fosse cumprida à risca durante as fiscalizações, nenhuma das casas noturnas da cidade estaria funcionando, portanto, a questão envolvendo as casas noturnas da cidade vai muito mais além do que disciplinar o horário de funcionamento desses ambientes.


Quanto à violência no trânsito, o combate se faz com campanhas educativas e o aumento da fiscalização para punir motoristas infratores; para isso é necessário investimentos na sinalização das vias e aumento do número de agentes de transito nas ruas, em ações constantes, e não apenas em períodos específicos do ano.

Jornalista Weliton Lima

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