BRASÍLIA - O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, divulgou nota para desautorizar outros militares que tenham falado em nome da instituição. A nota cita o general Antônio Hamilton Martins Mourão, que defendeu a possibilidade de intervenção militar no país durante palestra numa loja maçônica, em Brasília, na semana passada.
Villas
Bôas afirma que já apresentou ao ministro da Defesa, Raul Jungmann,
esclarecimentos envolvendo o general Mourão “para assegurar a coesão, a
hierarquia e a disciplina”, sem especificar quais providências foram adotadas.
O
texto não repreende o militar por suas falas no evento. Segundo o colunista do
GLOBO Merval Pereira, Mourão recebeu uma advertência, fato que foi comunicado a
Jungmann.
Na
nota, Villas Bôas ressalta que é a única autoridade que pode se manifestar em
nome do Exército. Ele garante que tem feito posicionamentos em temas que julga
relevantes. O comandante do Exército afirma ainda que a instituição mantém o “compromisso
de servir à nação”.
“O Exército Brasileiro é uma instituição
comprometida com a consolidação da democracia em nosso país”, disse Villas
Bôas.
Ontem,
o ministro Jungmann deu o caso como encerrado:
—
Me reuni com o comandante do Exército, ele tomou as providências necessárias,
emitiu nota a esse respeito e este caso está encerrado — afirmou.
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