O apagão dessa semana é o
maior da história de Itaituba depois da privatização da Celpa, e expôs a fragilidade do
sistema de transmissão de energia aqui na região.
As torres que sustentam as
linhas de transmissão ficam embrenhadas no meio da floresta por longas distâncias. Com o
passar do tempo é grande o risco de acontecerem novos apagões e o trauma pelas
faltas constantes de energia no passado, voltou a assustar a população.
A relação de confiança entre a
Celpa os consumidores que já não era boa ficou ainda mais abalada depois do
apagão, e a revolta da população foi por conta do tempo que a concessionária
passou para erguer uma nova torre.
Na Câmara Municipal, ao
abordar o assunto na tribuna da casa, o vereador Peninha chegou a especular
dizendo que se esse apagão tivesse atingido a cidade de Santarém o tempo gasto
para restabelecer o serviço teria sido bem menor.
Já o presidente da
concessionária, Nonato Castro, limitou-se a pedir desculpas pelos transtornos,
mas não apontou nenhuma medida para prevenir novos apagões ou mesmo, para
melhorar a qualidade do serviço que é muito questionado pelos consumidores.
Conjecturas à parte, o fato é
que a fragilidade desse sistema só será resolvida com investimentos, e a
Eletronorte que é a responsável por essa linha de transmissão é quem tem que assumir essa responsabilidade; mas, é
preciso alguém cobrar esse investimento para evitar que ocorram novos apagões
como o dessa semana.
Comentário do jornalista Weliton Lima, veiculado no Focalizando de quinta-feira, 10/08/2017
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