O
episódio tem semelhança com a desastrosa gestão da ex-prefeita Eliene Nunes que
a princípio também disse que não iria dar aumento, mas depois não aguentando
pressão concedeu 5%. A mesma estratégia será usada contra o prefeito Valmir
Clímaco que também não deu reajuste.
Ao
contrário da Assembleia anterior que terminou em meio a tumultos, a dessa terça
foi mais tranquila. Celson Noronha, como integrante da mesa, passou os informes
sobre a assembleia, leu um documento enviado pelo prefeito tentando justificar
porque não iria dar nenhum reajuste.
A
sindicalista professora Lúcia disse que o prefeito só apresenta números
fictícios sem justificar em documentos. A comissão do SINTEPP disse que tiveram
pouco acesso às informações solicitadas à Semed, vendo falta de transparência
nesse ato. Ela reiterou que são dados tirados da cabeça dele (prefeito) e
que não reflete a realidade financeira do município.
Os
educadores consideraram risível algumas ponderações do prefeito Valmir Clímaco
para não conceder nenhum reajuste quando afirma no oficio que está pagando
previdência e patronal.
Para
Celso, o prefeito está fazendo uma péssima gestão, uma má administração. O
sindicalista, para a imprensa deixou bem claro que os dois únicos culpados pela
deflagração da greve foram o prefeito e o secretário de educação que
menosprezaram a categoria se recusando a sentar para uma negociação.
Os
educadores lembram que o prefeito não fala em construir escolas, mas só criar
anexos sem as mínimas condições de atender estudantes, principalmente, dos
bairros mais distantes incluindo os residenciais. Celso Noronha informou
a categoria na Assembleia que a comissão pediu ao prefeito e secretário uma
relação nominal dos servidores da educação cedido em outros setores e a lista
nunca foi enviada, reiterando ainda que todos os prefeitos negociaram com o
SINTEPP, somente Itaituba foi quem propôs reajuste zero.
Antes
de votar sobre a greve, a mesa colocou em votação na assembleia proposta de
mudança de data para eleição de diretor e vice-diretor das escolas Municipais
para que ao invés de junho a eleição venha a ocorrer somente em novembro deste
ano. Mesmo com grande número de diretores na Assembleia por maioria foi
decidido que permaneça mesmo a data de junho já que uma eventual mudança
implicaria em complexas mudanças de leis o que não daria tempo.
Em seguida o professor
Celso Noronha colocou em votação a deflagração da greve.
Os
profissionais da educação, vigias, professores, diretores, merendeiras votaram
em maioria pela deflagração da greve. Com isso o SINTEPP vai respeitar as 72
duas horas estabelecidas em Lei, após enviar oficio comunicando a decisão da
categoria, ao prefeito, juiz e promotor de justiça, iniciarão de fato e de
direito a greve.
Segunda feira (15) na sede do SINTEPP será formada o comando de
greve e as comissões que irão conduzir o processo até que o prefeito ceda ou
não numa provável negociação. A demonstração inequívoca que o prestigio
político do prefeito cresce entre a categoria está em baixa foi que a
Assembleia desta terça feira dia, 09/05, teve expressiva presença dos
profissionais da educação lotando auditório do Sindicato.
Fonte: Nazareno Santos
Edição de texto: Jota Parente
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