Renan
voltou a criticar as principais medidas econômicas defendidas pelo governo. “O
PMDB vai ter de patrocinar as reformas vindas do Planalto sem discutir? Se
continuar assim, vai cair o governo para um lado e o PMDB para o outro. É uma
questão política, não é pessoal”, reforçou. Renan considera que a votação da
reforma da Previdência no Senado só deve ocorrer no segundo semestre. “Se
chegar”, ponderou, considerando que a matéria não seja nem sequer aprovada na
Câmara.
Apesar de ter adotado
postura contra o governo nas últimas semanas, Renan disse que a temperatura
está “normal”. “É quente assim mesmo”, brincou. Ele afirmou que desde que o
ministro Henrique Meirelles (Fazenda) assumiu, no ano passado, deixou claro que
“não dava para diminuir a inflação agravando a recessão” e que está apenas
mantendo a sua coerência. “Não se trata de quantos senadores estão com Renan, e
sim quantos apoiam as divergências sobre as medidas do governo”.
Ele voltou a comparar a
atual gestão com o período em que a Seleção Brasileira era treinada por Dunga.
“O Brasil está cobrando que o governo parece mal escalado. O governo como está
parece a seleção do Dunga. Queremos a seleção do Tite para dar a escalação do
País”, comentou, referindo-se ao atual técnico. Renan avalia que “o governo
está errando ao aumentar impostos e ao reonerar”. “Não precisa mudar o técnico,
nem o time, apenas aproveitar melhor os que estão aí”, continuou.
Na noite desta
terça-feira, Renan organiza um jantar na casa da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO)
com a bancada do PMDB em busca de apoio no embate que trava com o Palácio do
Planalto contra a condução das reformas econômicas. Segundo o peemedebista, o
objetivo será “construir convergências” com os parlamentares. “A senadora Kátia
costuma servir aratu. Vai ser maravilhoso”, disse o líder da bancada sobre o encontro.
Lula. Renan admitiu
“convergência” no discurso com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Preocupado com a sua reeleição e a de seu filho, atual governador de Alagoas,
Renan estaria articulando uma aliança com Lula. “Para quê? Isso só em 2018.
Porque há uma convergência no discurso? Imagina se eu estou preocupado com
candidatura, eleição”, declarou.
Fonte:
Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário