Foto: blog O Mocoronga |
No começo dos anos 2.000 ele
foi curado de um câncer na garganta. Lutava contra um câncer de próstata, pelo
qual foi vencido.
Seu sepultamento aconteceu no
final da tarde de hoje, no cemitério São João Batista.
Arara foi o árbitro que mais
apitou o clássico entre os dois mais tradicionais clubes santarenos, São
Raimundo e São Francisco, o clássico Rai x Fran. Certamente, por causa disso e
pela rivalidade das duas agremiações, foi ele quem mais enfrentou problemas
apitando esse confronto.
Conheci muito bem Ismaelino Santos,
com quem convivi por muitos anos na lida do esporte, eu como integrante da
equipe esportiva da Rádio Clube e da Rádio Rural de Santarém, ele como árbitro.
Também teve uma rápida passagem como comentarista de arbitragem nos anos 1980,
naquela emissora, quando eu comandava a equipe esportiva.
Como torcedor do São Raimundo que
sempre fui, organizei duas despedidas para Ismaelino Santos largar o apito,
pois a torcida alvinegra reclamava muito de suas atuações, conquanto em muitas
ocasiões a paixão pelo seu leão azul falava mais alto e ele marcava algumas
coisas que tiravam a torcida do pantera do sério.
Vivenciei vários episódios
envolvendo o ex-árbitro. São diversas as histórias que o tornaram uma figura
lendária, controversa, e às vezes folclórica.
Para lembrar apenas uma delas,
lembro de um jogo do clube do Remo em Santarém, contra o São Francisco, na
metade dos anos 1970, quando o leão da capital tinha uma verdadeira seleção,
sendo uma equipe respeitada em todo o Brasil.
Ismaelino torcia pelos dois,
mas, com o jogo sendo em Santarém e ele no apito, o coração falava mais alto
pelo time da casa.
Ele marcou uma falta da qual o
ponta-direita Caíto, que era acostumado a dar trabalho para juízes, não gostou.
“Ei, seu Papagaio, o que foi
que o senhor marcou? Tá errado!”, disse o jogador do Remo.
Arara chamou Caíto, que foi
até ele com cara de poucos amigos, perguntando o que ele queria.
“Olha, pega já o teu cartão
vermelho. Meu apelido é Arara, e não, Papagaio. Vai já”, disse o árbitro.
Foi assim que um jogador foi
expulso porque errou o nome da ave pelo qual o hoje saudoso árbitro era
chamado.
Na próxima edição do Jornal do
Comércio vou publicar uma matéria que já comecei a produzir, contando o que eu
sei, e garanto que não é pouco, sobre esse homem que deixou sua história
escrita e deu sua contribuição importante para o futebol santareno, e da
região.
Essa matéria será publica no
blog, assim que a próxima edição do JC circular.
Descanse em paz, amigo.
O ARARA SEMPRE TOMAVA O FAMOSO REFRESCO DO BRAULIO QUE ERA PARA APITAR BEM, NAQUELA ÉPOCA O PORTEIRO DO ADERBALDO CAETANO CORREIA ERA O SAUDOSO BRITÃO, TINHA OS VENDEDORES SULA , DONA INÊS MÃE DO DARINTA E ARARA TOMAVA REFRESCO E COMIA DOCE DE GRAÇA, TINHA O SEU ZÉ BALACO.TEMPO BOM QUE NÃO VOLTA MAIS SÓ SAUDADES.
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