Um
tribunal de apelações, nos Estados Unidos, rejeitou hoje (5) o pedido do
Departamento de Justiça para restaurar o decreto do presidente Donald Trump que
proíbe a entrada no país de cidadãos de sete nações de maioria muçulmana. O 9º
Tribunal de Apelações, com sede em São Francisco, na Califórnia, negou a moção
de emergência apresentada pelo governo, que procurou invalidar a suspensão
temporária do decreto, determinada na sexta-feira (3) por um juiz federal em
Seattle, no estado de Washington.
O Departamento de Justiça disse, em sua
apelação, que a decisão da corte de Seattle é um prejuízo para a população,
“questionou a decisão do presidente sobre a segurança nacional", que
carece de análise jurídica. O órgão também argumentou que o juiz James Robart
havia ultrapassado a sua autoridade, porque a decisão afetou todo o território
nacional e questionou a divisão de poderes entre o presidente e a Justiça.
A previsão é de que os tribunais de apelação
dos estados de Washington e Minnesota, os primeiros que impugnaram o decreto de
Trump, também manifestem oposição ao pedido do Departamento de Justiça ainda
hoje.
Também se espera que o presidente Donald Trump
emita resposta em apoio ao recursos de emergência. "Vamos ganhar",
disse Trump, após a apresentação da apelação. "Para a segurança de nosso
país, vamos ganhar".
O
presidente questionou publicamente a decisão e atacou indiretamente o juiz de
Seattle. "A opinião desse suposto juiz, que tira essencialmente a lei do
nosso país, é rídicula e será cancelada”, disse Trump em seu Twitter. “O juiz
abre o nosso país a potenciais terroristas e outros que não têm nossos melhores
interesses no coração. As pessoas estão muito felizes!”.
Os analistas consideraram comportamento raro um
presidente questionar a legitimidade e competência de um juiz abertamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário