Eliene
deu uma aula de como um político não deve se comportar na condução de um grupo.
Aliás, a primeira coisa que ela fez foi desmanchar o grupo que a conduziu à
prefeitura, superestimando sua capacidade política, que se demonstrou quase nenhuma ao longo desses quatro anos, pois ela se afastou de todos aqueles que de fato
poderiam lhe dar sustentação política.
A
prefeita que sai chegou ao período eleitoral sem um grupo e sem palanque. E aí,
como é que alguém pode querer ganhar eleição?
Será
que ela ainda vai pensar em concorrer no futuro?
Difícil,
porque ela perdeu a confiança das lideranças que subiram no palanque com ela em
2012, e uma vez perdida, essa confiança é muito difícil de ser reconquistada.
Ademais,
até prova em contrário, a bola da vez é o empresário Ivan D’Almeida, que se
saiu muito bem na eleição passada, superando-a e bem na votação.
De
camarote, Ivan vai assistir ao desenrolar do governo de Valmir, que se conseguir
fazer uma boa gestão, poderá se reeleger com tranquilidade, mas, se não tiver
boa aprovação, poderá ajudar Ivan a chegar ao poder.
Ela
se vai sem deixar muitas saudades para os munícipes, muito mais por ter feito
opções erradas quanto à política, do que por falta de realizações.
Eliene
deixou que sua imagem sofresse um desgaste muito grande nos três primeiros anos
de governo, e nem mesmo as obras de pavimentação de ruas feitas pelo governo do
Estado, antes das eleições de 2014 foram capazes de melhorar.
Ela
pagou o preço por ter se afastado de todos, logo ela, tida e havida como uma
pessoa de fácil comunicação.
Não
é justo dizer que ela não trabalhou, porque seu governo fez coisas interessantes.
E não foi por falta de obras que ela passou o vexame que passou na eleição.
O
eleitor Itaitubense não perdoa governantes que desaparecem do seu convívio.
Valmir
comunicou-se muito mal com a população em seu primeiro governo. Pagou um preço
elevadíssimo, pois mesmo no cargo não conseguiu renovar o mandato. Eliene
também se comunicou mal.
Não
adianta ao governante, gastar muito com mídia, e a prefeita que sai investiu
bastante em propaganda, principalmente na TV. Porém, diferente de seu mentor,
Roselito Soares, não soube canalizar em benefício de sua imagem.
Sumiu
Eliene do convívio dos eleitores, e sumiram alguns milhares dos votos que teve
quando foi eleita.
Valmir
assume com essas duas experiências estampadas bem à sua frente. A primeira,
vivenciada por ele mesmo, cujo governo apresentava no período da campanha,
grande rejeição. A segunda, de Eliene, que depois de ser carregada nos braços
do povo, foi rejeitada de forma surpreendente a avassaladora.
A
vontade de acertar tem se mostrado muito grande em Valmir. Mas, mesmo surfando numa
popularidade nunca antes experimentada por ele, o novo prefeito terá que tomar
medidas de contenção de gastos, que certamente desagradarão a muitos, e entre
esses muitos incluem-se aliados, cujos pedidos não poderão ser todos atendidos.
O
Valmir paz e amor, que prega convivência harmoniosa com a Câmara, vai conseguir
fazer tudo que precisa ser feito, incluindo medidas impopulares, e ainda assim
esticar essa lua de mel com a maior parte da população?
Isso,
só o tempo dirá, mas, é inegável a disposição dele, de fazer um governo
diferente do que fez na primeira oportunidade em que sentou na cadeira de
prefeito. Só esse fato já deixa uma esperança de que o novo prefeito deverá se
esforçar para errar o mínimo possível.
Neste
domingo assume um novo gestor neste município. Qualquer pessoa que viva aqui,
que queira o bem do município, independente de quem tenha sido o seu candidato,
certamente estará torcendo para que Valmir Climaco seja o prefeito que todos
esperam, pois se ele acertar, acertará para todos, será bom para todos. Se
errar, errará para todos.
O
desgaste político, se não se sair bem, será dele, mas, quem pagará a conta seremos
nós. Então, nesta virada de ano, torçamos para que ele consiga vencer esses
desafios que terá pela frente, com queda de repasses e de arrecadação, e tudo
mais que terá pela frente.
Boa
sorte, Valmir!
Jota
Parente
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