O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o PSDB, partido do qual ele é
presidente de honra, precisa repudiar afirmações como as do deputado federal
Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Durante a votação do processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff na Câmara, no último domingo, Bolsonaro homenageou o
coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do Doi-Codi, órgão de
repressão da ditadura militar.
"O PSDB precisa repudiar com clareza
essas afirmações, que representam uma ofensa aos cidadãos do país e, muito
especialmente, aos que sofreram torturas", disse o ex-presidente em nota
publicada em uma rede social nesta quarta-feira.
Ele afirmou que espera que a votação no
Senado se processe "de forma mais conveniente, sem declarações
estapafúrdicas como algumas que testemunhamos na Câmara dos Deputados". FH
disse que especialmente a declaração do deputado Bolsonaro o desagradou.
"É inaceitável que tantos anos após a
Constituição de 1988 ainda haja alguém com a ousadia de defender a tortura e,
pior, elogiar conhecido torturador", completou o ex-presidente.
Leia abaixo a nota na
íntegra:
"O processo do impeachment começa agora
a tramitar no Senado. Esperamos que os trâmites legais sejam todos cumpridos,
sem delongas. E quando chegar o momento da decisão dos senadores, que a votação
se processe de forma conveniente, sem declarações estapafúrdicas como algumas
que testemunhamos na Câmara dos Deputados. Especialmente uma me desagradou,
aquela proferida pelo deputado Bolsonaro. É inaceitável que tantos anos após a
Constituição de 1988 ainda haja alguém com a ousadia de defender a tortura e,
pior, elogiar conhecido torturador. O PSDB precisa repudiar com clareza essas
afirmações, que representam uma ofensa aos cidadãos do país e, muito
especialmente, aos que sofreram torturas". (Jornal Extra)
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Comentário do blog: Alguém, com a estatura política de FHC, precisava dizer alguma coisa sobre as baboseiras proferidas por esse tresloucado e irresponsável do Jair Bolsonaro. Felizmente, ele, que foi uma das inúmeras vítimas da ditadura militar disse o que tinha que ser dito.
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