O
Grupo Móvel de Fiscalização do Ministério do Trabalho e Previdência Social
libertou 26 trabalhadores em condição análoga à escravidão em São Félix do
Xingu, sudoeste do Pará. A ação foi resultado de uma operação realizada entre
os dias 7 e 17 de março em duas fazendas da região: Guaporé e Chocolate.
Na
Fazenda Guaporé, havia 12 trabalhadores sem anotação na carteira de trabalho e
com salários atrasados. Eles também não tinham água potável, local adequado
para preparo e consumo de alimentos e instalações sanitárias. O grupo, aliciado
em Vila Rica, no Mato Grosso, e Tucumã, no Pará, dormia em barracas de lona e
usava o mato como banheiro.
O
valor líquido das rescisões recebidas pelos trabalhadores resgatados na fazenda
alcançou R$ 54,16 mil. Além disso, cada trabalhador terá direito a R$ 30 mil
relativos à indenização por dano moral individual.
Já
na Fazenda Chocolate foram resgatados 14 trabalhadores encontrados em
atividades de roçada e aplicação de veneno. Eles dormiam em barracas de lona,
sem proteção contra chuva ou animais peçonhentos e sem equipamentos de proteção
individual obrigatórios. Eles também não tinham local adequado para
alimentação, água potável e banheiros.
Aos
trabalhadores da fazenda foram pagos um valor líquido de rescisões que alcançou
R$ 52 mil, além de R$ 35 mil por dano moral a cada trabalhador resgatado. Todos
os 26 trabalhadores receberam guias de encaminhamento do Seguro-Desemprego e
expedidas carteiras de trabalho.
DOL - (Com
informações do Ministério do Trabalho e Previdência Social)
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