Crise econômica e consolidação do setor motivam cortes.
Especialistas temem piora no serviço
RIO - (O Globo) - O emprego no setor de telecomunicações no Brasil sofreu um baque
neste início de ano. O processo de fusão entre as empresas de telefonia e a
contração da economia brasileira já resultaram na demissão de ao menos 3.700
funcionários da Telefônica Vivo, da Nextel e da Oi em todo o país. E o
fechamento de vagas pode aumentar. Com a compra da GVT pela Telefônica, fontes
do mercado estimam que os cortes devem oscilar entre 4.500 e 5 mil, como
reflexo da união das duas operadoras. No grupo América Móvil, que está
unificando as atividades de Embratel, Claro e Net, a expectativa é a mesma:
redução no quadro de colaboradores nos próximos meses.
Por lado outro, especialistas em defesa do consumidor e do setor de
telecomunicações temem que a qualidade no serviço prestado pelas empresas possa
ser afetada com o grande volume de demissões, que eles consideram como o maior
desde a privatização do setor, em 1998. Almir Munhoz, presidente da Federação Nacional
dos Trabalhadores de Empresas de Telecomunicações (Fenattel) e do Sindicato dos
Trabalhadores em Telecomunicações de São Paulo (Sintetel), diz que está
preocupado com a onda de fusões.
— As demissões são causadas por todas as fusões que estão acontecendo, o
que é preocupante. Além disso, todos os setores da economia estão demitindo,
como montadoras, comércio e bancos. Então, o momento é esse — disse Munhoz. —
Estamos atentos às demissões e conversando com as companhias para o volume de
cortes ser o menor possível.
Nesta quarta-feira, a Oi demitiu 1.070 funcionários, reduzindo, assim,
em cerca de 20% suas despesas com pessoal neste ano. A empresa, que cita, em
nota, o ano de 2015 como “desafiador em todo o contexto macroeconômico do país
e também no setor de telecomunicações”, ainda congelou todas as vagas que
estavam em aberto neste ano. A maior parte dos desligamentos ocorreu no Rio.
Para compensar, a empresa estendeu benefícios como plano de saúde e seguro de
vida por até quatro meses para os demitidos.
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Nota do blog: Ontem a Azul anunciou o corte de algumas linhas e a demissão de 700 funcionários.
Por causa da crise, até a produção de cerveja caiu, pois o consumo vem diminuindo. Quem tomava meia dúzia, baixou para três latinhas ou garrafas.
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