Recebi uma mensagem pelo Google +, a qual, com a permissão dos prezados
leitores, gostaria de publicar, porque remonta aos velhos tempos da minha
juventude, em Santarém, passando por amigos da infância e adolescência, e pelo
Náutico Atlético Clube, de eternas e gloriosas tradições. E porque o blog tem
um bom número de leitores em Santarém, minha terra natal.
Caro João da Cruz, que conseguiu me encontrar por causa das ferramentas
que os avanços tecnológicos nos disponibilizam, eu fui vizinho do seu Antenor e
da dona Josefa; ele, massagista e roupeiro do nosso NAC e ela a lavadeira que
cuidava do uniforme azul e branco, o qual guardo perfeitamente em minha
memória. Acho que você deve ter jogado com uma turma que era mais velha do que
a gente, um pouco, mais, os irmãos Heitor, que batia legal, e Bia, além do
Parada, também conhecido por Buck Jones. Pelo menos, deve lembrar deles.
Não é simples nostalgia, não, amigo. Naquele tempo o futebol era um
espetáculo no qual a arte era parte integrante e inseparável. Não se media o
jogador pela sua estatura, mas, pelo tamanho do seu futebol.
Era um tempo em que os chamados times pequenos, como Náutico, São
Cristóvão, do bairro onde eu morava, mais o Flamengo, o Fluminense e o Norte,
formavam jogadores para o São Francisco e para o São Raimundo, que revelavam
atletas para Remo e Paysandu, que revelavam, de vez em quando, jogadores para
times do Sul do País. Sem contar os que vinham de Belterra e do Arapixuna.
Faz muito tempo que os papéis se inverteram. Remo e Paysandu trazem de
fora carradas de jogadores ruins, São Francisco e São Raimundo preferem
contratar bondes que dominam a bola com a canela e os nosso times menores,
assim como Belterra e Arapxinuna já não revelam mais ninguém.
Sobre a nossa e querida Rádio Clube, que hoje chama-se Ponta Negra, cheguei
lá algum tempo depois de você.
Também foi um grande prazer lhe encontrar. Grande abraço
Jota Parente
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Ufa! Finalmente encontrei, parece, um espaço.
Olá, José Parente,
Que bom te encontrar. Assim é o acaso. Tive de encontrar meu amigo Odilson, meu outrora companheiro do Náutico, para poder chegar a ti.
Fico feliz ao saber que continuas no jornalismo. Penso que isso e um vicio.
Lembras que trabalhamos juntos no prefixo ZYR-9?, minha inesquecível Radio Clube de Santarém?
Antes de tudo isso, escrevi a página policial no
Jornal de Santarém. Tudo levado por meu amigo Rosélio Joao, que também era
noticiarista da Clube. Depois escrevi crônicas diárias para serem lidas por
Rostand Malheiros. E jogava no Náutico, com Darinta, Tela, Odil e Odilson. Que
família abençoada!
Eu era o zagueiro perna de pau. Ronildo e Cão Pelado me suportavam.
Por ser da Sudam, não dispunha de mais tempo para
outros trabalhos. Depois que voltei a Belém, trabalhei no jornal "O
Transportador", do Sindicarpa.
Parente, será que vivemos uma linda época, ou
sonhei?
Repito. Fiquei feliz ao te encontrar. E emocionado.
Fica com Deus.
João da Cruz Borges Neto
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