Na ocasião, afirmou que a Casa tem de 300 a 400 parlamentares que "achacam". "Eles [deputados federais] querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas", disse o ministro em Belém.
Cid Gomes iniciou a fala na Câmara dizendo
que "respeita" o Congresso e admitindo que deu a declaração.
"Que me perdoe eu não tenho mais idade, não tenho direito de negar aquilo
que, pessoalmente, num ambiente reservado, num contexto, falei numa sede do gabinete
do reitor", afirmou.
Ele justificou afirmando que era uma posição
"pessoal" e que não a manifestou como ministro de Estado. De acordo
com o ministro, os "400 ou 300" são os que apostam no "quanto
pior, melhor", mas ele pediu "perdão aos que não agem desse
jeito". "Isso não quer dizer que concorde com a postura de alguns, de
vários, de muitos, que mesmo estando no governo têm uma postura de
oportunismo", declarou.
Vários deputados protestaram e reagiram com
irritação ao discurso do ministro, tentando interrompê-lo aos gritos.
Em seguida, o ministro afirmou que os
partidos que compõem a base de apoio à presidente Dilma Rousseff deveriam
adotar postura condizente.
“Eu não quero aqui me referir ao nobre
deputado Mendonça Filho [líder do DEM], partidos de oposição, que têm o dever
de fazer oposição. Partidos de situação têm o dever de ser situação ou então
larguem o osso, saiam do governo, vão pra oposição. Isso será mais claro para o
povo brasileiro”, disse.
Diante das manifestações em plenário, Cid
Gomes subiu o tom e chegou a apontar o dedo ao presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), dizendo que prefere ser acusado pelo peemedebista de ser
"mal educado", a ser acusado de "achacar" empresas, no
esquema de corrupção da Petrobras.
“Eu fui acusado de ser mal educado. O
ministro da Educação é mal educado. Eu prefiro ser acusado por ele [Eduardo
Cunha] do que ser como ele, acusado de achaque”, afirmou Cid Gomes.
A fala gerou protestos em plenário. O líder
do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), afirmou que o ministro “perdeu a condição de
exercer o cargo”. “Cobraremos ao governo que diga se permite e orienta os
ministros a desrespeitar o Parlamento. Não reconheço a autoridade de vossa
excelência para criticar o Parlamento”, declarou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário