A confusão começou quando o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), anunciou sua intenção de criar quatro sub-relatorias e indicar os deputados para integrá-las, sem acordo com o relator Luiz Sérgio (PT-RJ) ou com os partidos do bloco que dá apoio ao governo.
Motta desconsiderou vários pedidos de colegas
para que houvesse uma negociação e não deixou que os parlamentares contrários à
sua intenção pudessem se manifestar. Ele argumentou que, como o regimento é
omisso sobre a indicação de sub-relatores, ele iria indicar os nomes. E ai
começou a gritaria e o bate-boca.
O deputado Edmilson Rodrigues (PSOL-PA)
exaltou-se. Ele deixou sua cadeira e se posicionou em frente ao presidente da
CPI, chamando-o de moleque, aos berros. Motta devolveu.
— Quero deixar bem claro aqui que não
admitirei desrespeito. Quem manda aqui é o presidente, seguindo o regimento —
afirmou Motta, também aos gritos.
— Cabelo branco não é sinal de respeito —
continuou. Motta é um parlamentar de segundo mandato e tem 26 anos.
A "turma do deixa-disso" entrou em
cena para impedir que os berros se transformassem em tapas.
— Não tenho medo de grito. Da terra que vim,
homem não grita — disse Motta, que irá anunciar os sub-relatores. (ORMNews)
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