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O ano foi exatamente 1971, mês de setembro. A Rádio Clube de Santarém (hoje,
Ponta Negra) funcionava sem autorização do Ministério das Comunicações para
fazer a mudança, nos altos do edifício Augusto Coimbra, na esquina da Avenida
João Pessoa, atualmente, Lameira Bitencourt, com a Travesse 15 de Agosto.
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Às oito horas da noite era apresentado um jornal de meia hora de duração, pelos
competentes Tony Reis e Delmo Pantoja, duas bonitas vozes do rádio.
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Cedo da noite eles tinha acertado com duas garotas, para darem uma volta após a
apresentação do jornal. Elas deveriam encontrá-los na rádio.
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Lá pelas oito e quinze, chegando à metade do noticioso, as duas chegaram e
ficaram próximo do operador de áudio, e somente Tony Reis as viu. Ele fez sinal
para que o operador fazer o intervalo de comerciais, porque o Delmo estava
concentrado e não viu as meninas.
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Delmo, as putas chegaram, disse Tony Reis!
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Não haveria problema, se o operador de áudio não tivesse esquecido o microfone
ligado, o que fez com que boa parte da cidade de Santarém ouvisse o recado.
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Passados alguns minutos, chegou Armando Moraes da Fonseca, advogado que era
proprietário da emissora, desesperado com o acontecido.
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Vocês querem me matar do coração. Desse jeito o governo fecha a rádio. Aí, eu
quero ver onde vocês vão trabalhar, desabafou Armando.
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É bom lembrar que se vivia em pleno período dos temidos Anos de Chumbo, época
em que governava o Brasil um dos mais sanguinários ditadores do tempo da
ditadura militar, Emílio Garrastazu Médici.
*Seção de humor do Jornal do Comércio, edição 186
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