domingo, agosto 31, 2014

Baixar os índices de analfabetismo é um grande desafio para o governo da prefeita Eliene

A divulgação do índice de analfabetismo em Itaituba trouxe à tona um problema que todo mundo sabe que ele existe, mas poucos têm a coragem de colocar o dedo nessa ferida que é a baixa qualidade do ensino público oferecido no município.  Esse índice de 12,5% apresentado num documento oficial do MEC está um pouco abaixo do índice de três anos atrás, mais ainda assim é preocupante. Outros dois índices que mostram que a educação em Itaituba não vai bem são os números de reprovação e de evasão escolar.
Embora esses indicadores não sejam de inteira responsabilidade desse governo, é bom que se diga, mas a Câmara de Vereadores, quer ouvir as explicações da secretária de educação a respeito dessa questão e essa decisão da Câmara Municipal é mais do que oportuna, pois se temos ofertas de vagas suficientes para atender a população em idade escolar, se temos cerca de 95% dos professores com qualificação para o exercício de magistério e se os recursos são suficientes para manter o funcionamento normal das escolas, então torna-se realmente inaceitável que o município tenha esse índice tão alto de analfabetismo.
E para as autoridades educacionais de Itaituba começarem a enfrentar essa questão, uma das sugestões é saber o que o município de Novo Progresso está fazendo para apresentar um índice bem mais baixo de analfabetismo que o nosso. Outra saída é a SEMED tentar conseguir conjugar a união e o comprometimento da sua equipe de educadores com a participação efetiva dos pais na vida escolar dos filhos, o que não será tarefa fácil, porque os pais não têm o hábito de ir à escola e boa parte dos professores resiste a ter um comprometimento  maior com a educação dos seus alunos.
E uma terceira alternativa pode vir da Câmara dos Deputados, onde tramita um projeto de lei que obriga as escolas a divulgar na porta de entrada do estabelecimento o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) dos seus alunos. Só que esse projeto de lei já encontra resistência das entidades representativa da classe e o argumento é que se essa  lei for aprovada, criará constrangimento para alunos e professores. E nesse caso vale  confrontar outra situação: o que seria mais constrangedor, a divulgação do resultado do IDEB ou o estudante que conclui o ensino médio sem saber resolver uma simples equação matemática  e com dificuldade para interpretar um texto? Esse é um problema recorrente no ensino publico do município.
Por tanto, além de buscar uma solução para baixar esse índice elevado de analfabetismo entre a população de Itaituba, a prefeita que é uma educadora, tem que assumir essa questão da melhoraria da qualidade da educação no município, como um compromisso junto à população, senão de nada adiantará surgirem as oportunidades de emprego, se os nossos jovens não estiverem preparados para encarar a concorrência externa.           

            Weliton Lima - Jornalista. Artigo publicado pelo Jornal do Comércio, na edição 185, circulando

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