terça-feira, julho 15, 2014

Governo promete pouco dinheiro para pesquisa no Rio Tapajós contaminado

Por Manuel Dutra (blog do Manuel Dutra)

O governo do Estado ofereceu à Universidade Federal do Oeste do Pará, em Santarém, tão somente 100 mil reais para custeio da pesquisa de salubridade do Rio Tapajós até dezembro. Para todo o ano de 2015, a verba disponibilizada é de 500 mil reais. “Isso é insuficiente”, disse um integrante da equipe de pesquisadores da universidade, acrescentando que o trabalho, para ser completo, terá um custo aproximado de 2 milhões de reais.

blogdofavre.ig.com.br - Mais de 60
dragas como esta reviram o leito do Tapajós no seu curso médio.
Embora o governo e a universidade já tenham assinado um termo de compromisso, pelo qual os pesquisadores da academia estudarão as condições de contaminação de um dos maiores rios da Amazônia, somente em agosto próximo serão feitos os primeiros levantamentos, caso o dinheiro seja, de fato, liberado.
Alter do Chão:  diferença da cor do Rio Tapajós em relação ao Lago Verde
precisa ser explicada com urgência. Já é a lama dos garimpos? (Foto: MDutra)

O Tapajós já está com parte de seu curso médio comprometido pela poluição provocada sobretudo pelo trabalho de garimpagem mecanizada, com o emprego de potentes dragas, num total de mais de 60 enormes máquinas que reviram o leito principal do rio de alguns de seus afluentes.

Essa poluição é causada pelo barro das margens e do leito dos rios. Se nenhuma medida efetiva for tomada, a região Oeste do Pará corre o risco de sofrer enormes problemas de saúde pública além dos problemas de abastecimento, com a contaminação de cardumes e a atividade econômica poderá ser afetada, especialmente o nascente turismo na região.

Em fevereiro deste ano um grupo de pessoas entregou ao governo do Estado, por intermédio do vice-governador Helenilson Pontes, uma petição pública, em que solicita imediata pesquisa a fim de determinar os níveis da poluição e as suas possíveis ameaças.

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