O
deputado federal Dudimar Paxiúba (PROS), voltou a usar a tribuna da Câmara
Federal para falar a respeito da situação crítica do trecho urbano da BR 230
(Transamazônica), na cidade de Itaituba. O blog reproduz a íntegra do discurso
que ele proferiu na tarde de hoje, segunda-feira.
Senhor
Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, mais uma vez, como tenho feito já em
inúmeras oportunidades, volto a reclamar, a solicitar, a pedir, até mesmo a
implorar as autoridades competentes que pelo amor de Deus dê a atenção que
merece e precisa ao trecho urbano da BR-230 - rodovia transamazônica que corta
o perímetro urbano da cidade de Itaituba, no Estado do Pará.
O
município de Itaituba, Nobres Colegas, tal qual ocorre com o município de
Altamira, está localizado em uma área de reconhecido interesse da União,
principalmente em decorrência da implantação de projeto hidrelétrico no Rio
Tapajós e Rio Jamanxim. Entretanto, seguramente, o cobiçado e próspero
município de Itaituba e seus habitantes, continuam pagando um altíssimo preço
em razão desse incompreensível descaso com este trecho desta importantíssima
rodovia federal. E a maior vítima desse sofrimento imposto por esse
verdadeiro caos que se transformou o transporte rodoviário por essa
rodovia é a população de Itaituba.
A
Sociedade itaitubense está à beira de um "ataque de nervos". Já
tentou de tudo: fez manifestação de ruas, fechou o porto de carga e descarga da
balsa que faz a travessia de veículos Itaituba-Miritituba, paralisou o
aeródromo municipal, enfim, fez tudo que estava ao seu alcance para chamar
atenção das autoridades competentes.
Ainda
no início do inverno do ano passado, o Batalhão de Engenharia e Construção -
BEC - do Exército Brasileiro, fez pequenos reparos para que suportasse o rigor
das chuvas, com o compromisso assumido pelo DNIT (através de seu Diretor Geral
Jorge Ernesto Pinto Fraxe) de que logo no início do verão deste ano, as obras
seriam realizadas para que o trecho proporcionasse um regular tráfego de
veículo. Contudo, até o momento, nada foi feito e cada vez mais as crateras vão
se multiplicando e aumentando de volume, com isso provocando graves acidentes,
vários deles com o triste saldo de vítimas fatais, como o ocorrido recentemente
que vitimou o militar Cajado.
A
classe empresarial não mais suportando tantos prejuízos decorrentes da
impossibilidade de acesso dos consumidores a seus estabelecimentos comerciais,
estão mobilizados objetivando, outra vez, obstruir o trecho urbano e
paralisar a travessia da balsa no rio tapajós, para chamar atenção das
Autoridades Competentes, para tão grave e angustiante problema de mobilidade
urbana.
O
Fórum das Entidades de Itaituba, através do Ofício Nº 0010/2014, de 22 de junho
de 2014, subscrito por seu presidente Davi de Oliveira Menezes, cientificou
este parlamentar o compromisso assumido pelo DNIT e o BEC, cujo documento se
encontra registrado em Cartório, de que a execução das obras em sua
integralidade seria iniciada no fim do inverno, ou seja, no início do mês de
junho pretérito.
Assumimos
o compromisso de requerer uma audiência com o novo Ministro dos Transportes,
Paulo Sérgio Oliveira Passos, juntamente com o Secretário Executivo, Anivaldo
Juvenil Vale, e o Diretor Geral do DNIT, Jorge Ernesto Pinto Fraxe. Desta
audiência, participarão os representantes das entidades civis, com ênfase para
o Fórum das Entidades de Itaituba, os parlamentares: municipais, estaduais e
federais, assim como a Prefeita Eliene Nunes, ressaltando que a nobre Gestora
recentemente foi recebida em audiência pelo Diretor do DNIT, mas até o momento
não obtivemos qualquer resultado prático.
Estamos
aguardando a marcação da audiência. Temos que reconhecer que paciência tem
limite. Já se esperou demais, já se acreditou demais, já se ouviu muitas
promessas que infelizmente não foram cumpridas. A população que orgulhosamente
represento, não pode mais esperar. Quantas e quantas vezes já abordei esse
problema e clamei por solução. Como resposta sempre ouvimos que o governo
através do Ministério dos Transportes e do DNIT estão trabalhando na busca de
solução e de que até os recursos para a realização da obra já estariam assegurados.
Entretanto, decorrido todo esse significativo interregno, nada, absolutamente
coisa alguma foi realizada.
O
inverno rigoroso já passou mais deixou sua marca. O pouco trabalho paliativo
que foi realizado pelo DNIT a chuva a enxurrada destruíram. Seguramente o pior
trecho de toda a rodovia Transamazônica são os 08 (oito) quilômetros que cortam
o perímetro urbano da cidade de Itaituba. Pergunta-se, mais uma vez: O que está
faltando para que essa necessária obra seja executada? A resposta continua sendo
a mesma: falta boa vontade, disposição, querer mesmo. Porque se o DNIT afirma
categoricamente que já dispõe de recursos financeiros necessários para a
realização das obras, o que impede, trava, dificulta, impossibilita a
realização dos trabalhos, tão necessários, imprescindíveis e inadiáveis.
Enquanto
providências não são tomadas paga-se um altíssimo preço, até mesmo com
sacrifício de vidas humanas, face aos constantes acidentes de
trânsito proporcionados pelas péssimas condições de trafegabilidade, alguns
desses acidentes, infelizmente, com vítimas fatais. Incluo-me na
corrente de pensamento que defende o esgotamento de todas as formas de
entendimento através do diálogo, do consenso da via diplomática. Entretanto,
não é mais possível se aguardar por uma solução que nunca chega. Temos sofrido,
repito, todas as amarguras advindas do estado de quase abandono que se encontra
a rodovia federal que o município de Itaituba. Sofre-se com a travessia
deficiente do Rio Tapajós, com as pontes que continuam aguardando providências
mínimas (colocação de aterro em suas "cabeças") para que possam ser
aposentadas as velhas e inservíveis pontes de madeiras. Mas, sem dúvida, o
maior sofrimento é o estado deplorável do perímetro urbano de Itaituba, da
Rodovia Transamazônica.
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