Como já era esperado, o efeito
Peninha fez lotar o plenário da Câmara de Vereadores, como há muito tempo não
se via numa sessão ordinária da casa. E foi com esse cenário totalmente ao seu
favor que o vereador fez o discurso de posse e ao seu estilo.
Peninha não resistiu a esse primeiro
contato com o plenário e colocou pra fora todas as magoas que foram reprimidas
durante o tempo em que esperou por esse momento e o ranço demonstrado contra os
seus adversários mostrou o quanto o vereador estava entalado com manobras que
vinham adiando a sua posse.
Com a experiência de quem já está no
sétimo mandato o vereador sabe muito bem que esse é o jogo da política; quem
está no poder só pensa em fragilizar a oposição. Peninha quando esteve na
situação agiu do mesmo jeito. O vereador também foi implacável com quem não se alinhava
com seus pensamentos. Todos ainda se lembram da famosa frase: “a caneta que põe
é a mesma que tira” sugerindo a demissão de quem não vestisse a camisa do
governo.
Essa é a lógica de quem está no
poder. Mas voltando novamente à Câmara, a euforia da posse do Peninha acabou no
dia seguinte. quando poucas pessoas compareceram para assistir à sessão, o que
reflete a baixa popularidade dos vereadores junto à opinião publica.
Ao reivindicar para si o papel de
principal líder da oposição, Peninha precisa também abandonar o discurso
retórico que agrada apenas aos seus aliados, mas pouco contribui para o
fortalecimento da Câmara como instituição encarregada em primeira instancia de
fiscalizar os atos do executivo.
É isso que a população espera dos
vereadores; que eles cumpram o seu papel institucional. Já o executivo, que
estava sossegado com a submissão da casa, agora acendeu o sinal de alerta e
está correndo atrás para corrigir algumas situações que podem representar
problemas no futuro para o governo.
Esse é o efeito da volta do Peninha,
que mesmo longe de ser o guardião da legalidade, na atual conjuntura política,
sua presença na Câmara, sem dúvida trará um pouco mais de equilíbrio na relação
entre esses dois poderes.
Jornalista Weliton Lima
Comentário no Focalizando de 19/06/14
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