terça-feira, junho 03, 2014

Empresas junior de mineração investem 20% a menos no Brasil em 2013

Site Cientista

O efeito do novo Marco Regulatório da Mineração e da paralisação das emissões de concessões de pesquisa mineral no Brasil se faz sentir de uma forma cruel. 

Os investimentos no setor estão em queda e devem diminuir, consideravelmente, em 2014.

As junior companies canadenses, empresas de médio a pequeno porte, financiadas pela bolsa de Toronto, que são as maiores investidoras na pesquisa mineral brasileira,  estão se afastando do país e investiram no ano passado 20% a menos do que em 2012.  

A imagem mostra que mesmo em uma profunda crise e com toda a pressão de uma política xenofóbica do MME, as junior canadenses (não estão computadas as demais juniors como as australianas e europeias) investiram no Brasil US$ 330 milhões de dólares em pesquisa mineral. Isso corresponde a 34% de tudo o que foi investido na América Latina.

É sempre conveniente lembrar que esses investimentos são feitos a fundo perdido, pois o risco é total. Trata-se, portanto de um megainvestimento em pesquisa que fica muito evidenciado quando comparado aos US$105 milhões que a CPRM, o Serviço Geológico do Brasil, investiu nesses últimos dez anos. 

Esses números mostram de onde vem a esperança de um futuro melhor, com novas minas em produção gerando riquezas e empregos: das empresas junior da mineração. 

Infelizmente a queda de 20% em 2013 será maior ainda em 2014. 

 Um bom número dessas empresas já paralisou os seus projetos e teve que demitir seus funcionários. Esses números só serão contabilizados no ano que vem, quando veremos o tamanho do estrago, que hoje apenas intuímos, pelo número de desempregados do setor e pela quebra generalizada das empresas de prestação de serviços. 

Para efeito de comparação colocamos o quadro de investimentos em 2012 onde vemos que houve, também, uma redução no número de empresas e de projetos no Brasil. 

Enviado para o blog pelo geólogo José Waterloo Leal
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Observação do blog: Isso afeta, diretamente, os investimento dessas empresas júnior em Itaituba, que representaram até pouco tempo uma grande esperança na geração de empregos nesta região.

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