Seleção de 1970. Precisa saber jogar bem futebol |
Seleção de 2014. Só precisa saber mais ou menos |
Foram-se os tempos em que o futebol era o grande espetáculo nas tardes de domingo, programa obrigatório para a maioria dos homens brasileiros, porque as mulheres não ligavam muito para esse esporte.
Não é saudosismo de um cronista esportivo que passou mais de trinta anos fazendo reportagens, ou, comentando jogos de futebol. É a mais pura realidade.
Um dia desses eu estava assistindo ao programa Bem Amigos, no SporTV, com o Galvão Bueno, do qual participava como convidado, o Vampeta, que é dirigente de um time amador de Osasco.
O Galvão lhe perguntou o que era preciso para um garoto ser admitido no Osasco. O Vampeta respondeu que o requisito básico era que o garoto soubesse jogar futebol.
Mas, isso não é o óbvio, Vampeta, perguntou o apresentador.
Não, Galvão, respondeu Vampeta. Nos dias de hoje, no Brasil, esses treinadores das
categorias de base olham primeiro a estatura do garoto. Se for pequeno, já está fora, nem faz o teste. No Osasco nós queremos descobrir jogadores de futebol, não jogadores do volei, ou de basquete.
É por causa disso que o futebol brasileiro está essa porcaria. Se a gente prestar atenção, a maioria dos jogadores, mesmo do meio de campo para o ataque, é constituída de jogadores mais altos, com talento medíocre.
Ver um jogo do campeonato brasileiro virou um tédio.
Não nos iludamos. Se nossa seleção der liga, como deu na Copa das Confederações, a gente pode chegar ao título. Se não der liga, paciência.
O que publiquei como comentário, no Facebook, foi o texto abaixo.
O craque do Internacional é um argentino, o craque do Grêmio é um argentino, o craque do Palmeiras é um chileno, o último craque que o Botafogo teve era um holandês, no Corinthians, se não é o craque do time, mas é o artilheiro, é um peruano, o treinador do Atlético do Pará é um espanhol. E assim por diante.
Até podemos ganhar a Copa do Mundo, porque o nível das seleções está nivelado por baixo, mas, sem essa de que continuamos sendo o maravilhoso país do futebol, revelando um gênio após ou outro, porque isso é coisa do passado.
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