quinta-feira, maio 08, 2014

Obras públicas em Itaituba: políticos deveriam antes de tudo, pedir desculpas pela demora excessiva

No Brasil virou regra as obras públicas nunca serem concluídas dentro do prazo previsto. Isso ocorre no plano federal, estadual e municipal e, aqui em Itaituba temos alguns exemplos disso.
A construção da estação de tratamento de água da COSANPA está parada há uns três anos e outras do Estado estão caminhando bem lentamente como é caso do terminal hidroviário, assim como a reforma da escola Maria do Socorro Jacob.
Já na esfera municipal, a construção da UPA, que tem recursos do governo federal, mas é administrada pelo município, deveria ter sido concluída em seis meses, só que a obra já se arrasta por quase três anos e ainda não tem data para ser inaugurada.
A escola Padre José de Anchieta, inaugurada esta semana pela prefeita Eliene Nunes, bateu todos os recordes em termos de demora em ficar pronta. A construção dessa escola começou ainda no primeiro mandado do ex-prefeito Roselito Soares e somente agora foi concluída.
É certo que o projeto passou por algumas adequações, mas ainda assim é inadmissível que uma escola leve tanto tempo para ficar pronta.
Durante a cerimônia de inauguração, todos os discursos foram de elogios ao governo, só que antes de rasgar elogios, penso eu, os políticos que estavam ali deveriam mesmo era pedir desculpas à comunidade pela demora na entrega dessa obra, pois o não cumprimento do prazo de construção da escola prejudicou o trabalho dos professores e comprometeu a aprendizagem de centenas de alunos. E junto com essa questão de atraso na entrega das obras vem também outro problema que é o superfaturamento de preço final da obra
No caso da escola Padre José de Anchieta, durante a festa de sua inauguração ninguém comentou nada sobre o valor do investimento e como o contribuinte também não liga muito pra isso e os tribunais não dão conta de fiscalizar todas as obras, a população vai continuar a esperar o dobro e às vezes triplo do tempo previsto inicialmente para poder usufruir de um bem público como é o caso das quadras poliesportivas que ninguém sabe quando irão ficar prontas, ressalva feita, apenas para a quadra da escola Raimundo Pereira Brasil que foi a ultima a ser iniciada e a primeira que foi entregue à comunidade,  ou seja, o que deveria ser regra acaba virando exceção.     

Weliton Lima – Jornalista – Comentário
Veiculado no telejornal Focalizando de hoje   

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