No Brasil virou regra as obras
públicas nunca serem concluídas dentro do prazo previsto. Isso ocorre no plano
federal, estadual e municipal e, aqui em Itaituba temos alguns exemplos disso.
A construção da estação de tratamento
de água da COSANPA está parada há uns três anos e outras do Estado estão
caminhando bem lentamente como é caso do terminal hidroviário, assim como a
reforma da escola Maria do Socorro Jacob.
Já na esfera municipal, a construção
da UPA, que tem recursos do governo federal, mas é administrada pelo município,
deveria ter sido concluída em seis meses, só que a obra já se arrasta por quase
três anos e ainda não tem data para ser inaugurada.
A escola Padre José de Anchieta,
inaugurada esta semana pela prefeita Eliene Nunes, bateu todos os recordes em
termos de demora em ficar pronta. A construção dessa escola começou ainda no
primeiro mandado do ex-prefeito Roselito Soares e somente agora foi concluída.
É certo que o projeto passou por
algumas adequações, mas ainda assim é inadmissível que uma escola leve tanto
tempo para ficar pronta.
Durante a cerimônia de inauguração,
todos os discursos foram de elogios ao governo, só que antes de rasgar elogios,
penso eu, os políticos que estavam ali deveriam mesmo era pedir desculpas à
comunidade pela demora na entrega dessa obra, pois o não cumprimento do prazo
de construção da escola prejudicou o trabalho dos professores e comprometeu a
aprendizagem de centenas de alunos. E junto com essa questão de atraso na
entrega das obras vem também outro problema que é o superfaturamento de preço
final da obra
No caso da escola Padre José de
Anchieta, durante a festa de sua inauguração ninguém comentou nada sobre o
valor do investimento e como o contribuinte também não liga muito pra isso e os
tribunais não dão conta de fiscalizar todas as obras, a população vai continuar
a esperar o dobro e às vezes triplo do tempo previsto inicialmente para poder
usufruir de um bem público como é o caso das quadras poliesportivas que ninguém
sabe quando irão ficar prontas, ressalva feita, apenas para a quadra da escola
Raimundo Pereira Brasil que foi a ultima a ser iniciada e a primeira que foi
entregue à comunidade, ou seja, o que deveria ser regra acaba
virando exceção.
Weliton Lima – Jornalista –
Comentário
Veiculado no telejornal Focalizando
de hoje
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