quinta-feira, maio 01, 2014

Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós: Discussões avançaram, hoje, sobre discrepâncias nos estudos técnicos

Foto: Reunião acontece agora para discutir questão de hidrelétricas.
Os primeiros minutos foram gastos para acertar algumas diferenças que haviam sido manifestadas através do what’s up, que gerou um pouco de tensão.

Todas as arestas foram aparadas depois que as pessoas presentes falaram, sendo consenso a defesa da unidade de todos os setores de Itaituba, públicos e privados, em torno da única causa que realmente interessa a todos, que é preparar o município para chegar forte nas reuniões, seminários e, principalmente, nas audiências públicas que tratarão do complexo hidrelétrico do Rio Tapajós.

O blog anotou os principais pontos elencados na reunião de hoje.

Advogado José Antunes:
1.    A sociedade civil vai trabalhar junto com o Poder Executivo do município, e com o Legislativo, para que, falando a mesma língua seja possível conseguir o que Itaituba tem direito.
2.    Esse relatório (que vai ser apresentado dia 6/05) é uma cópia do relatório do projeto BR 163 Sustentável.
3.    O governo fala em usina plataforma, querendo fazer crer que não pretende abrir estradas, quando aqui já está tudo aberto, tem estrada dando acesso para todo lado.
4.    Se o governo não colocou o núcleo urbano de Itaituba dentro desses estudos, desconsiderando que estamos na área de abrangência das hidrelétricas, sobretudo a de S. Luiz do Tapajós, então, vamos reagir, vamos questionar isso.
5.    Impugnação prévia contra esse estado que foi concluído. A gente tem que impugnar isso no dia 6, lá no IFPA, durante o seminário público, e depois a gente pode recorrer à Justiça Federal, que já está presente em Itaituba, contra esse documento que nos é prejudicial.

Professora Liz Carmem:
1.    É necessária a participação ativa de técnicos da Prefeitura Municipal na montagem do nosso projeto, assim como é fundamental que secretários municipais também participem.
2.    Tem coisas estranhas no relatório, que não batem com a realidade do município.

Vilson Schuber: Estive em Altamira há poucos dias, e pude ver alguns dos problemas que eles estão enfrentando. Por exemplo: estão fazendo, como uma das contrapartidas, implantação de rede de distribuição de água em toda a cidade, mas, a tubulação passa na frente das casas, sem que seja feita a devida ligação para cada um dos domicílios. O prefeito Domingos Juvenil mandou parar o serviço até que decidam fazer direito. Temos que ter cuidado para coisas assim não acontecerem aqui.
Sérgio Aquino: (Referindo-se à hidrelétrica Teles Pires) – Paranaíta está levando quase tudo, enquanto Jacareacanga está ficando com muito pouco. Temos que ter cuidado.

Procuradora do município, advogada Nayá Fonseca:
O Plano Diretor do Município é um instrumento imprescindível nesse processo que estamos discutindo. Ainda não foi concluído o trabalho do mesmo, porque houve alguns problemas relativos a informações sobre abairramento (onde começa e onde termina cada bairro) e outras questões. Por exemplo, o bairro Boa Esperança, pelo que estava colocado até agora, não é Boa Esperança, mas, bairro do Bom Jardim. A Manfredo Barata fica no bairro Bom Jardim.
A gente tinha que consertar discrepâncias desse nível, o que está sendo feito. Em breve vai estar pronto. As correções técnicas que precisavam ser feitas, já foram providenciadas, e o Plano Diretor vai estar pronto no tempo certo para nortear os nossos passos. Infelizmente, embora a gente tenha ido a cinco bairros para realizar audiências públicas, pouca gente prestigiou as discussões do Plano Diretor. Mesmo quando aconteceu na sede do Rotary, somente dez pessoas compareceram, e apenas poucas delas eram do próprio bairro.

Segunda-feira de manhã vai acontecer uma reunião entre técnicos para tratar dos pontos que deverão ser contestados no seminário público do dia 6. À noite haverá outra reunião, com a participação de mais gente.

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