O Deputado Nélio
Aguiar (DEM) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa)
nesta terça-feira,5, para protestar contra a solução paliativa adotada
pelo Governo Federal de instalar uma usina termoelétrica em Santarém para
amenizar os constastes apagões provocados pela saturação do linhão
Tramoeste que não suporta mais abastecer com energia elétrica os municípios da
região.
Nélio Aguiar esteve em Brasília na última
sexta-feira,1 em audiência com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão para
cobrar providências imediatas do Governo Federal para o problema. “É
revoltante para nós que moramos num estado que é produtor e exportador de
energia elétrica para outros estados voltarmos a
utilizar termoelétrica um sistema poluente e que tem maior
custo operacional”, disse.
Segundo Lobão, no
prazo máximo de 3 meses Santarém receberá uma termoelétrica usada, que foi
desativada em Rondônia após com a inauguração da hidrelétrica de Jirau.
O parlamentar
disse ainda que vai lutar para que os custos adicionais com geração de energia
pelo sistema de termoelétrica não recaiam sobre os consumidores. “O
problema só está ocorrendo porque o Governo Federal fechou os olhos quando foi
alertado pela Rede Celpa que o linhão estava saturado, então muito justo
que arque com todos os custos adicionais
da solução paliativa”, alertou.
Nélio Aguiar, que
esteve na reunião em Brasília acompanhado da presidente da Frente Parlamentar
pelo rebaixamento da Calha Norte, deputada Josefina do Carmo, disse que o
ministro adiantou também que o leilão para a construção de um novo linhão no
Tramoeste está marcado para ocorrer em fevereiro de 2014. Depois de iniciadas,
as obras devem demorar cerca de três anos para serem concluídas.
O parlamentar
aproveitou também a oportunidade para alertar o ministro que o Pará está
vivendo um grande contraste, pois como estado produtor de energia
elétrica não tem energia firme para atender seus cidadãos, apesar de
exportar o excedente para outros estados.
“É um sistema
colonialista perverso que vivemos, pois, produzimos energia e
não podemos usufruir dela, pois milhares de paraenses ainda vivem em
completa escuridão, o que gera um sentimento de revolta, pois a nação utiliza
nossos riquezas para desenvolver outros estados, sem dar direito ao nosso povo de ter acesso a
esse desenvolvimento, obrigando muitas vezes os paraenses a sair do estado em
busca de uma vida melhor em outros lugares e isso é um absurdo sem tamanho”,
protestou.
Eletronorte havia
sido alertada em 2011
Nélio Aguiar
lembrou ainda na tribuna que o diretor financeiro da Rede Celpa, Mauro
Chaves, disse durante reunião na Alepa no início deste mês que o linhão da
Tramoeste está sobrecarregado e não suporta mais transmitir os 230 KV
necessários para abastecer a região. "O linhão de Tramoeste foi construído
na década de 90 e desde 2011 começou a apresentar problemas na linha de
transmissão para o Oeste. O problema foi agravado desde o ano passado com o
início das obras da hidrelétrica de Belo Monte em Altamira, que demanda grande
quantidade de energia", explicou. Mauro disse ainda que
a Celpa já havia alertado a Eletronorte sobre o problema em 2011, mas
que na época a empresa respondeu de forma negativa para o investimento
necessário as obras de reforço no linhão do Tramoeste.
Jornalista Kátia Aguiar
Assessora de Imprensa
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