Presidente Dilma trata, com descaso, saúde do Pará

O esforço da bancada federal do Pará, no Congresso Nacional, para melhorar a saúde pública no Estado tem enfrentado a mais completa indiferença da presidente Dilma Rousseff (PT) a exemplo do que aconteceu no Governo Lula. Desde 2010, senadores e deputados federais insistem em liberar recursos para a saúde, por meio de emendas, mas se esbarram em sucessivas negativas. 

"A Dilma é perversa com o Estado do Pará; a Dilma não gosta do Estado do Pará; a Dilma, durante 2011, 2012, 2013, não repassou nada, absolutamente nada, para a saúde no Estado do Pará", criticou o senador Mário Couto (PSDB-PA), na tarde desta terça-feira, 20, ao cobrar da presidente da República que também dê atenção para o Pará e demais Estados da Amazônia.

Dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) dão plena razão aos protestos de Mário Couto. Entre 2010 e 2012, as emendas de bancada para a saúde no Pará somaram R$ 422 milhões, mas apenas R$ 2,9 milhões foram efetivamente liberados pelo Governo Federal apesar de a totalidade dos recursos ter sido aprovada no Orçamento da União. A liberação dos R$ 2,9 milhões corresponde a somente 0,7% do que foi solicitado pela bancada paraense, o que obrigou o governador Simão Jatene a recorrer aos recursos já limitados do Tesouro Estadual. 

Em 2011, por exemplo, foi aprovada uma emenda de R$ 45 milhões para a estruturação da Santa Casa de Misericórdia, em Belém. Nem um centavo foi liberado. "A presidente Dilma, que não gosta do Estado do Pará, não deu um tostão dos R$ 45 milhões colocados pela bancada. E senadores e deputados a pedir. Pois o governador vai reinaugurar a Santa Casa daqui a sete, oito dias, e será um dos belos hospitais a servir o povo do Pará. Mais um! Dilma, não deste um tostão para as crianças que nascem na Santa Casa", criticou Mário Couto.

Neste ano, a União já deveria ter liberado R$ 50 milhões, de emendas aprovadas, para a compra de equipamentos para hospitais de média e alta complexidades do Pará e mais R$ 20 milhões para o Pronto Socorro de Icoaraci. "A Dilma disse não aos paraenses. A Dilma disse: 'Eu não gosto de vocês! Não quero saber de vocês. Não gosto do pobre, só gosto do rico'. (A presidente) foi a São Paulo e deu R$ 2,5 bilhões para obras! Foi a Minas, agora, e deu R$ 1,5 bilhão para obras! Para o Pará, ela disse não", comparou Mário Couto.

Fonte: Assessoria de Comunicação do senador Mário Couto