quinta-feira, agosto 15, 2013

Estudos em Tapajós trarão conhecimento científico detalhado da região

Os estudos ambientais dos Aproveitamentos Hidrelétricos de São Luiz do Tapajós e de Jatobá, no Rio Tapajós, no Oeste do Pará, são a oportunidade de se reunir conhecimento científico sobre o meio ambiente da região, com os estudos biológicos que serão disponibilizados e compartilhados para que todos tenham acesso a dados que até hoje são desconhecidos por grande parte do país. 

“Aconteça o que acontecer, o bem mais valioso que se pode ter com esses estudos, é o conhecimento científico da flora, da fauna e das formas de vida”, ressaltou Sidney Lago, superintendente de Geração da Eletrobras, empresa que coordena o Grupo de Estudos Tapajós.

Sidney Lago e o secretário Executivo Adjunto do Ministério de Minas de Energia, Francisco Romário Wojcicki, participaram, na tarde hoje, de uma entrevista coletiva em Belém, para falar sobre a retomada e conclusão dos estudos ambientais da região.

Essa nova etapa dos estudos teve início na região de Jacareacanga, onde está prevista a usina de Jatobá (2,338MW), onde estão 130 profissionais, entre biólogos e assistentes de campos. Trata-se da a última das quatro fases de estudos, que corresponde a vazante – fase entre a cheia e a seca do rio – e que terá duração de um mês. Em seguida, terão início as atividades de campo na região de Itaituba, onde concluirão num período de dois meses os estudos de duas campanhas – seca e enchente – de São Luiz do Tapajós (6,133
 MW).

A retomada é importante, pois perder esse período levaria a uma paralisação dos estudos por um ano, num momento em que o Brasil precisa adicionar uma oferta anual de 3,5 mil MW, secundo o secretário executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia, Romário Wojcicki, para quem o governo federal tem um grande desafio na ampliação do parque energético brasileiro. “Temos de crescer de maneira sustentável, com segurança energética e modicidade tarifária, buscando sempre o equilíbrio entre oferta e demanda. Por isso, estamos buscando fontes renováveis”, disse.

A estimativa é que os estudos sejam apresentados ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no dia 15 de dezembro.

As usinas estão previstas para ser feitas dentro do conceito de usina-plataforma, com prioridade para a conservação e preservação ambiental. A solução, em que se recorre ao desmatamento cirúrgico e ao embargo à formação de aglomerados urbanos no entorno das usinas, é a saída encontrada para garantir a expansão da oferta de energia do país com impacto mínimo ao meio ambiente e às populações locais.


Fábio Couto

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