Os
estudos ambientais dos Aproveitamentos Hidrelétricos de São Luiz do Tapajós e
de Jatobá, no Rio Tapajós, no Oeste do Pará, são a oportunidade de se reunir
conhecimento científico sobre o meio ambiente da região, com os estudos
biológicos que serão disponibilizados e compartilhados para que todos tenham
acesso a dados que até hoje são desconhecidos por grande parte do país.
“Aconteça
o que acontecer, o bem mais valioso que se pode ter com esses estudos, é o
conhecimento científico da flora, da fauna e das formas de vida”, ressaltou
Sidney Lago, superintendente de Geração da Eletrobras, empresa que coordena o
Grupo de Estudos Tapajós.
Sidney
Lago e o secretário Executivo Adjunto do Ministério de Minas de Energia,
Francisco Romário Wojcicki, participaram, na tarde hoje, de uma entrevista
coletiva em Belém, para falar sobre a retomada e conclusão dos estudos
ambientais da região.
Essa
nova etapa dos estudos teve início na região de Jacareacanga, onde está
prevista a usina de Jatobá (2,338MW), onde estão 130 profissionais, entre
biólogos e assistentes de campos. Trata-se da a última das quatro fases de
estudos, que corresponde a vazante – fase entre a cheia e a seca do rio – e que
terá duração de um mês. Em seguida, terão início as atividades de campo na
região de Itaituba, onde concluirão num período de dois meses os estudos de
duas campanhas – seca e enchente – de São Luiz do Tapajós (6,133
MW).
A
retomada é importante, pois perder esse período levaria a uma paralisação dos
estudos por um ano, num momento em que o Brasil precisa adicionar uma oferta
anual de 3,5 mil MW, secundo o secretário executivo adjunto do Ministério de
Minas e Energia, Romário Wojcicki, para quem o governo federal tem um grande
desafio na ampliação do parque energético brasileiro. “Temos de crescer de
maneira sustentável, com segurança energética e modicidade tarifária, buscando
sempre o equilíbrio entre oferta e demanda. Por isso, estamos buscando fontes
renováveis”, disse.
A
estimativa é que os estudos sejam apresentados ao Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no dia 15 de dezembro.
As
usinas estão previstas para ser feitas dentro do conceito de usina-plataforma,
com prioridade para a conservação e preservação ambiental. A solução, em que se
recorre ao desmatamento cirúrgico e ao embargo à formação de aglomerados
urbanos no entorno das usinas, é a saída encontrada para garantir a expansão da
oferta de energia do país com impacto mínimo ao meio ambiente e às populações
locais.
Fábio Couto
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