domingo, julho 21, 2013

Pai defende estágio da filha no SUS

Professor e leitor do blog, Romy Eduardo Castro comenta o post “Mais Médicos” tem aprovação de 78%:
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Minha filha faz medicina e concorda que os médicos recém-formados devam vivenciar a realidade do SUS, dos mais carentes, para humanizarem-se e devolverem à sociedade o investimento que esta fez nesses acadêmicos – no caso das universidades públicas.
No pouco tempo em que vive essa graduação, ela já se entristeceu várias vezes com a situação das pessoas mais humildes, que não sabem, sequer, dizer o que sentem, e não têm a atenção necessária para pelo menos dar alguma esperança às suas patologias.
No entanto, quero lembrar que essa não é uma obrigação só dos médicos. Vivenciar a realidade que está ao seu redor deveria ser uma obrigação de todos os recém-formados das universidades federais e estaduais.
Professores saídos da academia poderiam diminuir o analfabetismo de nosso país; nutricionistas, as carências alimentares; engenheiros civis, o déficit habitacional; odontólogos, o número de cáries e de desdentados; enfermeiros, a falha no primeiro atendimento de saúde…
A discussão não pode, no entanto, ganhar o viés ideológico ou partidário que tem mostrado. Se for bom para o país e para o formado, isso não pode ser visto como castigo ou imposição do Estado. No mínimo, pode-se abrir um debate – o que já justificaria tantos extremismos.
Blog do Jeso
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Meu comentário:  Tive a felicidade e a satisfação de ser colega de trabalho do professor Romy Castro, filho do meu amigo de muitos anos, Ismaelino Santos e de sua saudosa mãe Desterro.
Partindo dele esse tipo de comentário, não me surpreende, porque tivemos oportunidade de trocar muitas ideias nos anos de 2003 e 2004, quando trabalhamos no mesmo setor de comunicação social da Prefeitura de Santarém. Sua visão humanista faz a diferença, meu amigo, num país no qual as pessoas olham, cada vez mais, apenas para o próprio umbigo. 
Não adianta culpar somente os políticos por tudo que nos acontece de ruim, pois essa reclamação é recorrente, e já se estende por tempo demais. Logo, tem alguma coisa errada além dos políticos, que são eleitos por nós, que foram eleitos por nossos pais, e que serão eleitos por nossos filhos, todos eles motivo de nossa ira.
O que nos falta enquanto cidadãos é uma maior dose de conscientização para fazermos mudanças interiores que possam refletir em uma mudança profunda no comportamento da sociedade como um todo, para a partir daí, darmos início a uma grande mudança no status quo. 
Sem isso, vamos continuar achando que dar propina ao guarda de trânsito, furtar energia, usar o jeitinho brasileiro para passar a perna no próximo é coisa normal, enquanto condenamos políticos que roubam o dinheiro público. 
Alegro-me, amigo Romy, com sua manifestação, pois o Brasil é problema de todos nós, seus cidadãos.

Jota Parente


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