De
maneira geral pode-se de dizer que o resultado final da audiência pública foi
positivo.
Há
de se destacar a mobilização da classe garimpeira, que diante da ameaça que foi
espalhada pela má interpretação do tão discutido decreto, conseguiu se unir e
mostrar força.
O
comércio da cidade de Itaituba, do meio-dia para a tarde cumpriu o que tinha
sido acertado, cerrando suas portas.
Muito
positiva a sinalização do secretário de meio ambiente, José Colares, sobre a
vinda da SEMA para Itaituba, servindo a este e a outros municípios desta
região. Resta agora ficar em cima e cobrar para que isso aconteça de fato.
Muito
bom o discurso do deputado estadual Airton Faleiro, equilibrado, sem gritaria,
consciente de que não estava em um palanque político, mas, numa reunião que era
para ser de trabalho.
Louvável
a iniciativa e o empenho do presidente da Câmara, Wescley Tomaz para a
realização desse encontro, assim como a vinda das caravanas de vários
municípios.
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Péssima, a reação de
um grupo de pessoas ligadas à atividade garimpeira, que demonstrou total falta de
urbanidade quando da fala do deputado Dudimar Paxiúba.
A acústica horrorosa
do ginásio atrapalhou bastante, pois deu para entender muito pouco do que
falaram os oradores que mais gritaram do que falaram.
Falha gritante não
ter sido convidado nenhum vereador da caravana de Santarém para a mesa, sob a
justificativa de que teriam chegado atrasada. Houve gente que chegou bem depois
deles, que foi chamada para a mesa.
Totalmente fora de
propósito o comportamento daqueles detentores de mandato que resolveram
discursar como se estivessem em plena campanha política. Esse foi um dos pontos
que destoaram.
Pecado mortal cometeu a organização do evento, quando deixou de chamar a Dra. Maria Azilda, do DNPM, que veio de Brasília, especialmente para participar da audiência pública. Nem mesmo sua presença chegou a ser registrada pelo cerimonial.
Pecado mortal cometeu a organização do evento, quando deixou de chamar a Dra. Maria Azilda, do DNPM, que veio de Brasília, especialmente para participar da audiência pública. Nem mesmo sua presença chegou a ser registrada pelo cerimonial.
Parente, Estive no ginásio acompanhando a audiência pública, mesmo nada tendo a ver com a garimpagem. Alguns pontos chamaram minha atenção.
ResponderExcluir1. A estupidez das vaias ao deputado Dudimar Paxiuba.
2. A falta de maturidade do presidente da Câmara de Itaituba, que tentou tomar o microfone do secretário de meio ambiente.
3. A falta de bom senso da maioria dos deputados que falaram, os quais deveriam ter mostrado maior responsabilidade. Em vez de discursos em busca de votos para a próxima eleição, deveriam ter falado de forma compreensível, contribuindo com sugestões.
4. O único realmente garimpeiro que falou foi o Luiz Barbudo. Os outros se beneficiam do garimpo, mas, não são garimpeiros.
6. Teriam que ter colocado um garimpeiro que pega no pesado para dizer alguma coisa. Apenas falaram em seu nome, mas, não tiveram o cuidado de perguntar o que ele pensa e sente com toda essa confusão.
7. Porque os políticos não gostam de falar a verdade? Todo mundo que entende um pouquinho das coisas já tinha entendido que o decreto não manda parar a garimpagem, mas, apenas uma pequena parte. Mas, os nossos políticos, os daqui e os de fora, não disseram nada a este respeito, nem antes, nem durante a audiência pública.
Pra finalizar, acho que a movimentação foi válida, mas, espero que a SEMA faça alguma coisa para dar um jeito nessa esculhambação que acontece com a degradação completa de rios e igarapés. Só lamento que o próprio secretário de meio ambiente do estado ache que as dragas não fazem mal algum ao Tapajós. Vamos esperar para ver. O tempo vai nos dizer.
Marco Antônio Bianchinni