terça-feira, abril 23, 2013

Estudos sobre hidrelétrica de S. Luiz do Tapajós voltam a ser proibidos

Blog do Jeso - Ao derrubar ontem (22) a liminar que suspendia os estudos para o processo de licenciamento ambiental da usina de São Luiz do Tapajós (Itaituba), o STF (Superior Tribunal de Justiça) restabeleceu a decisão do juiz Airton Portela (foto), da Justiça Federal em Santarém, sobre o caso.
 
Ou seja, vale o que a 1ª instância proferiu.

Para relembrar: na sentença, Portela não se limitou a trata o caso só sob o ponto de vista jurídico. Exigiu do governo federal medidas socias e econômicas, conforme  pode se observar nos tópicos abaixo, que fazem parte da sentença lavrada pelo magistrado.

1) Que a avaliação ambiental integrada em toda a bacia dos rios Tapajós e Jamanxim, seja utilizado critérios técnicos, econômicos e socioambientais avaliando, inclusive, a necessidade de mitigações e compensações no que diz respeito à infraestrutura urbana, rodoviária, portuária e aeroportuária, além de investimentos em saúde e educação nos municípios de Santarém, Jacarecanga, Itaituba, Novo Progresso, Trairão, Rurópolis, Aveiro e Belterra;

2) Que antes que se encerre a fase de viabilidade, que os réus ouçam as comunidades indígenas Andirá-Macau, Praia do Mangue, Praia do Índio, Pimental, KM 43, São Luiz do Tapajós e outras por ventura ainda não localizadas ou demonstrem que os índios frustraram ou se recusaram a opinar sobre o aproveitamento hídrico discutido neste feito;

3) Proibição de que seja concedida licença ambiental prévia, ou que não a utilizem caso já as tenham obtido, até que as medidas referidas nos dois itens acima sejam cumpridas.

O juiz federal santareno fixou na ocasião multa de R$ 100 mil/dia, caso essa ordem não fosse cumprida.

2 comentários:

  1. Anônimo11:50 AM

    Caro Parente!
    O tema de implantação de hidrelétricas no Tapajós, e em qualquer região que seja, sempre será rodeado de polêmicas. As questões ambiental e social são as que entram em voga. Apesar de os ambientalistas levantarem a bandeira que os dignifica, acredito que o desenvolvimento sustentável (sim, com equilíbrio) deva ser considerado por todos. O bloqueio judicial para os estudos de impacto ambiental, com certeza, fará com que o consórcio construtor do projeto ofereça contrapartida social, trazendo benefícios para as comunidades do entorno desse belo potencial hídrico. Temos o exemplo de Belo Monte, que não está sendo feito um bom aproveitamento da força de trabalho e da economia locais. Portanto, que torcemos para que tais ações da justiça tornem um ganho positivo para os nativos e a comunidade de Itaituba e região, de um modo geral.
    Luiz Henrique Macêdo

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  2. Anônimo3:36 PM

    Corrigindo: "Que TORÇAMOS para que tais ações..."

    Luiz Henrique

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