Ficou muito claro na cobertura do julgamento dos envolvidos no Mensalão, mesmo antes de começar e durante as sessões que ainda não foram concluídas, que a grande mídia (Veja, Estadão, Folha, Globo e outros) tentou influenciar ao máximo o eleitor com notícias tendenciosas. Porém, nem mesmo em S. Paulo, de onde muitos dos envolvidos são oriundos, aconteceu influência nenhuma.
De um modo geral, o eleitor brasileiro amadureceu muito, ao ponto de saber diferenciar as coisas. O cidadão aplaude o STF por julgar pessoas, muitas das quais pareciam acima da lei, mas, não se deixou comandar por quem quiz transformar o julgamento em motivo de campanha eleitoral.
Agora, que o Mensalão não surtiu o efeito desejado por esses veículos, algumas começam a publicar especulações, como a informação reproduzida do jornal O Globo, a seguir.
Jota Parente
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Fernanda Krakovics, O Globo
Concluída a eleição municipal, em que ganhou novos espaços nas regiões Norte e Nordeste, a oposição começa a se movimentar para a disputa de 2014, com uma ofensiva sobre o campo governista. O projeto de PSDB, DEM e PPS para tentar disputar a Presidência da República passa por partidos da base de sustentação da presidente Dilma Rousseff.
Os oposicionistas vão investir na aproximação com aliados nacionais do PT, não só com o PSB do governador Eduardo Campos (PE), mas também com setores de PR, PTB, PDT e PP, e até com o PMDB, aliado preferencial do Palácio do Planalto.
O primeiro passo, porém, para os tucanos, é construir discurso que encontre ressonância na sociedade e pôr em prática a propalada renovação do PSDB, como pregou no pós-eleição o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O caminho traçado é focar na nova classe média, defender a eficiência na gestão pública e martelar a importância de valores como ética, para fazer contraponto ao mensalão petista.
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