Diário do Pará online - O senador Mário Couto e sua
filha, a deputada estadual Cilene Lisboa Couto Marques, ambos do PSDB,
responderão na Justiça, com mais outras 14 pessoas, a uma ação civil
pública impetrada pelo Ministério Público do Estado (MPE). Todos são
acusados de desviar recursos públicos na Assembleia Legislativa do
Estado (A.L)
Os denunciados, segundo o MPE, fraudavam
a folha de pagamento da casa, causando um rombo nas contas públicas. A
ação, assinada pelos promotores de justiça Nelson Pereira Medrado e
Arnaldo Célio da Costa Azevedo, requer o ressarcimento de danos causados
ao erário e a responsabilização de todos por ato de improbidade
administrativa, cometido no período de fevereiro de 2003 a janeiro de
2007.
No pedido, o Ministério Público do
Estado solicita a condenação solidária dos réus ao ressarcimento
integral do dano causado ao erário, no valor de R$ 2.387.851,81,
referente ao período em questão; e sanções previstas na Lei de
Improbidade Administrativa, como perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos, proibição de contratar com a administração pública,
pagamento de multa, entre outras.
Além de Mário - ex-presidente da AL - e
Cilene Couto, a nova ação civil atinge ainda, Haroldo Martins e Silva,
Rosana Cristina Barletta de Castro, Nila Rosa Paschoal Setúbal, Ana
Carla Silva de Freitas, Waldete Vasconcelos Seabra, Adailton dos Santos
Barboza, Ana Maria Tenreiro Aranha Moreira, Brunna do Nascimento Costa
Figueiredo, Daura Irene Xavier Hage, Elzilene Maria Lima Araújo, Jaciara
Conceição dos Santos Pina, Mônica Alexandra da Costa Pinto, Osvaldo
Nazaré Pantoja Paraguassu e Sada Sueli Xavier Hage Gomes.
Após operação de busca e apreensão
deflagrada pelo Ministério Público em 19 de abril de 2011, o material
apreendido na AL e na residência dos investigados trouxe ao conhecimento
público um grande esquema de fraudes na folha de pagamento e em
processos licitatórios da instituição.
A existência de “fantasmas” na folha, o
pagamento de gratificações indevidas e a montagem de licitações foram
algumas das irregularidades que foram objeto de ações civis e criminais
de autoria dos promotores de justiça Nelson Medrado e Arnaldo Azevedo.
Após a quebra do sigilo bancário da AL,
ficou comprovado que os valores pagos pelo Banco do Estado do Pará
(Banpará) eram superiores aos constantes na folha de pagamento da Casa
Legislativa. Isso era possível devido a folha arquivada no Legislativo
ser diferente da folha enviada ao Banpará.
EM NÚMEROS
2,3 milhões de reais é o valor que o MPE pede que seja ressarcido ao erário público, referente às irregularidades constatadas entre os anos de 2003 e 2007.
2,3 milhões de reais é o valor que o MPE pede que seja ressarcido ao erário público, referente às irregularidades constatadas entre os anos de 2003 e 2007.
14 pessoas foram denunciadas no caso, além do senador Mário Couto e da deputada Cilene Couto.
Fraudes seguiam várias linhas
Diante das informações colhidas na
quebra do sigilo bancário da Alepa, o promotor de justiça Nelson Medrado
solicitou à equipe técnica a elaboração de uma nota analisando a folha
de pagamento entre os exercícios financeiros de 2000 a 2010, bem como,
as respectivas autorizações de pagamentos enviadas ao Banpará para
crédito em conta corrente bancária dos servidores ativos, inativos e
estagiários da Assembleia.
Segundo os promotores que assinam a
ação, “a Nota Técnica identificou várias irregularidades denominadas de
“Linhas de Fraudes”. Fraudes estas que resultaram na inclusão de
gratificações indevidas na folha e geração de forma de pagamento
(crédito bancário e contracheques) em valores superiores aos constantes
nos respectivos holerites, mediante lançamentos de valores salariais em
matrículas exoneradas; criação de falsos servidores; transformação de
estagiário em falso servidor; pagamentos sem os respectivos registros da
movimentação no sistema de folha de pagamentos”.
Além disso, a Nota Técnica também
identificou o método de fraude utilizado na folha de pagamentos da AL
(incluir valores fictícios na folha, contabilizar, gerar o crédito
bancário e apagar os valores falsos de modo a simular uma situação de
regularidade)”, ressaltam os promotores.
A assessoria de imprensa de Mário Couto
em Brasília informou, na noite de ontem, que o senador desconhece a
denúncia e que primeiro irá se informar sobre o seu teor para depois
emitir posicionamento. A reportagem não conseguiu fazer contato com a
deputada Cilene Couto ou com sua assessoria.
Que falta de vergonha na cara!São políticos do Parazinho,eleitos por quem "sabe votar".Náo era a meia dúzia de políticos daqui que queriam o poder ?Ou era pq a grana da AL ia diminuir e teriam menos prá roubar!!!Lembrem-se deles na época da próxima eleição.Vamos escolher novos Deputados,baseados em sua vida pregressa.Honestidade ainda é possível!wagner Arouca
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