Perfil do Empresário - Nivaldo (Ana Rosa Móveis)

    Nivaldo Almeida da Mota, empresário, da loja Ana Rosa Móveis, casado com Ivonete Macedo Mota, empresária; pai de três filhos homens, que são Maxwell, Max Dione e Max Jean. Nasceu no município de Formoso, em Goiás, no dia 28 de Setembro de 1962. Filho de pais criadores de gado e agricultores, trabalhou com eles até a idade de 26 anos, quando resolveu tocar a vida por conta própria. É ele o entrevistado do Perfil do Empresário, destaque que o Jornal do Comércio dá àqueles que se dedicam ao empreendedorismo dos mais variados setores da economia.

Nivaldo – Nasci, cresci, trabalhei e casei no interior de Formoso; meu primeiro filho nasceu lá. Os estudos do que é hoje o Ensino Fundamental foram lá mesmo (8ª Série), a uma distância de quatro km de casa. Tive uma infância de muito trabalho, desde cedo.    Além do gado, a gente mexia plantação de banana maça, que dava um bom resultado numa determinada época. Em meados de 1985 nossa região produzia muita banana maçã. O lazer foi sempre muito pouco. Depois que eu casei ainda fiquei dois anos no interior trabalhando com meus pais.

O Comércio – Durante todo tempo eu pensava sempre em mexer com o comércio. Tomei a iniciativa de mudar-me para a cidade, onde montei uma frutaria. Isso durou dois anos, até eu receber uma proposta de um primo, Epaminondas, bem mais velho do que eu, que gosta muita da gente, para vir Pará. Era o ano de 2000. Eu vim trabalhar com ele, que já tinha uma rede de lojas em Goiás e estava iniciando seus negócios no Pará. Trabalhei com ele por três anos, em São Félix do Xingu. Em 2004 montamos nossa primeira loja em Novo Progresso, em sociedade com o filho do primo Epaminondas, o Wanderson e mais o Eurípedes, meu irmão, que são meus dois sócios até hoje.

            Depois que meus pais morreram, eu vendi minha parte para meu irmão que continuou trabalhando lá, na nossa terra. Juntei com mais algumas economias que a gente tinha feito e arrumei o capital (R$ 40 mil) para dar minha parte na sociedade. Começamos com apenas R$ 120 mil, juntando os três. Já em 2006 abrimos uma filial em Moraes Almeida; no mesmo ano inauguramos a filial de Caracol e no dia 28 de Novembro de 2009 abrimos nossa loja de Itaituba.

            Graças a Deus, eu casei com uma mulher que é uma grande comerciante. Nós formamos um casal que deu muito certo nessa parte. Eu converso com alguns colegas empresários que se queixam que as esposas não gostam do comércio, que não tem nada de moleza. Para ganhar um dinheirinho não é fácil, mas, para perder é muito rápido. Por isso, eu agradeço sempre a Deus pela esposa que tenho.

Crescimento – A gente sabe que houve gente que nesse tempo conseguiu crescer mais do que nós. Porém, se observarmos que começamos em 2004, evoluímos bem nesses sete anos. Recentemente inauguramos nossa loja de Trairão, há pouco mais de um mês. Por outro lado, a empresa está adquirindo terrenos em locais estratégicos de algumas cidades com grande possibilidade de desenvolvimento, para quem sabe investirmos nelas no futuro. Em Novo Progresso já compramos vários lotes, pois sabemos que com a chegada do asfalto na BR 163 o crescimento será inevitável para essa e para outras cidades da região. Amanhã, quando as cidades crescerem, já teremos terrenos nos locais adequados para montar filiais.

2011 - Este tem sido um ano em que o movimento da cidade caiu bastante em relação aos dois anos anteriores. Não está sendo o que foi antes. Estamos todos torcendo para passar esse momento, mas, eu sei que isso vai passar, pois eu acredito muito em Itaituba, se não, a gente não estaria aqui, não teria investido aqui. Este município tem um futuro promissor. Só falta aumentar os investimentos do governo do município para melhorar a infraestrutura. Itaituba não está preparada para receber esse movimento que já está em fase de crescimento.

            Um governante pode resolver muita coisa na cidade que governa. É preciso investir na melhoria da cara da cidade. Essa avenida da nossa loja, por exemplo, pode melhorar muito, assim como tantas outras. Você nem imagina o tanto de gente do Mato Grosso, com dinheiro, que está vindo até aqui para ver, para estudar, com chance de investir aqui. Esta cidade precisa ser mais limpa, os lotes desocupados devem ser utilizados. Tem muita coisa que precisa mudar. Mas, para finalizar eu afirmo que Itaituba é uma cidade boa, que vai vencer este momento. Novo progresso teve uma crise braba em 2005, pior do que esta daqui e nós vencemos. Vamos passar por cima desta. Agora, no verão, já melhorou um pouco e vai continuar melhorando, eu tenho certeza e confiança nisso.

Publicado na edição 133 do Jornal do Comércio, que chegará aos assinantes amanhã cedo.