No começo desta semana morreu Carlos Couto, conhecido policial rodoviário federal, nascido em Itaituba, tendo trabalhado aqui na cidade por muitos e muitos anos.
Guardo uma história na qual, ele, eu e o Almir da Brihante estivemos envolvidos.
Numa manhã de sábado de 1998, eu vinha do aeroporto, no caminhão do Almir, com a carroceria carregada com uns vinrte e poucos garotos, depois de uma saudável pelada no campo de futebol do aeroporto.
Quando o caminhão apareceu na curva da morte, lá estava, no meio da rodovia, Carlos Couto, cumprindo seu dever de polícia rodoviário federal.
Todo mundo conhecia o rigor dele, que não costuma dar refresco.
Almir parou o carro, cumprindo determinação do Carlos Couto, que foi logo dizendo: o que eu faço contigo, Almir, com esse carro cheio de moloques na carroceria? Tu já fizeste a conta do tamanho da multa?
Naquele momento eu me meti na conversa, pondenrando com ele, na tentativa de amenizar a situação. E o que eu disse nada mais foi que a verdade dos fatos.
Carlos, disse eu, o Almir foi fazer um favor, levando esses garotos para jogar bola. Muitos deles são crianças que poderiam estar fazendo alguma coisa errada, mas, estão jogando bola. Dá uma maneirada na situação. Eu sei que está tudo errado. Mas, vê o que pode ser feito para não prejudicar o Almir.
Olha, Almir, some da minha vista. Dobra ali na castanheira e desaparece.
Essa foi a reação dele.
Assim foi feito. Fomos embora, sem que o Carlos Aplicasse uma pesada multa no Almir.
Ficou na lembrança aquele gesto de compreensão de Carlos Couto. Ainda ontem, eu e o Almir lembramos desse episódio.
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