Fonte: Blog do Manuel Dutra - Em 2001 o jornalista e professor luso-brasileiro, Manuel Carlos Chaparro, escreveu isto: "O jornalismo não pode ter a ambição de assumir papéis e espaços que devem pertencer a outros sujeitos, principalmente os que constroem as divergências e os confrontos".
Bem a propósito essa constatação do mestre paulista, neste período eleitoral, em que muitas empresas jornalísticas deixam de lado a tarefa essencial de informar sobre os fatos para opiniar antes de informar, sem investigar os acontecimentos, participando do debate e da luta como se fossem partidos políticos.
Exemplo: Estamos chegando ao dia do voto com um grau elevadíssimo de desinformação sobre o que foi a campanha. Um exemplo mais próximo: Os jornais e demais meios de Belém não informam corretamente o que se passa no campo político da capital, muito menos ainda sobre o andar da campanha nos demais municípios, onde estão hoje mais de 70% dos eleitores do Pará.
Vale dizer, ao fazer o oposto do que afirma o jornalista/professor Chaparro, nossa mídia deixa de lado tudo aquilo que justifica a sua existência, para entrar no embate partidário, deixando a imensa maioria dos leitores/eleitores até sem saber em quem votar, especialmente quando se trata dos cargos proposcionais, como deputados e senadores.
Neste final de campanha, tenho ouvido muitas pessoas afirmarem que não sabem em quem votar para deputado estadual, federal ou senador. Se, por um lado, pode ser indiferença do eleitor, por outro, em nada ou muito pouco a mídia contribuiu para informar seus leitores/eleitores.
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