sábado, maio 02, 2009

O que espera o pessoal de são Luis do Tapajós

Não pude estar presente na segunda parte do Seminário Sobre as hidrelétricas do Tapajós e Jamaxim, que foi realizada em São Luis. Mas, na conversa que tive com o amigo Dudimar Paxiúba, foi possível informar-me sobre o assunto.

De acordo com as observações de Dudimar, que é filho de São Luis, a sensação que ele tinha e que foi corroborada depois desse encontro, muita gente de São Luis acredita que a vida vai melhorar, pois as famílias deverão ser indenizadas para deixarem suas propriedades, mesmo que não façam nenhuma idéia para onde irão e do que viverão.

Para muitos, pior não pode ficar, pois entra ano, sai ano e o abandono oficial continua, pois a vila de São Luis só é muito lembrada em tempo de eleição.

Não se sente de parte de muita gente, disposição de lutar. E lutar pelo que? Pela continuação da miséria?

Tanto quanto nós, eles acham o Rio Tapajós belíssimo. Mas, estão cansados da vidinha sem perspectiva de melhora. Por isso, ninguém se surpreenda se os representantes do governo federal forem muito bem recebidos por lá quando forem negociar com os moradores.

Um comentário:

  1. Posso ser suspeito no que vou dizer, pois fui um dos expositores em São Luiz do Tapajós, mas me esforço para ser objetivo sobre o que vi e ouvi. Curiosamente me surpreende o comentário do Advigado Dudimar Paxiuba. Ele afirma com a maior clareza que "o povo de S. Luiz aplaude a vinda da hidrelétrica, porque viem namiséria". Primeiro não foi isso o que ouvi do povo de lá. Eram 200 pessoas presentes e era geral a indignação manifesta com as manobras do Governo de decidir construir hiedrelétricas na região sem consultar as populações. O próprio advogado fez um inflamado discurso lá conclamando a população de S. Luiz a reagir e defender a terra querida. Afinal, doutor? dois discursos opostos de sua boca? E colocando suas interpretações pessoais na boca de seus conterrâneos? O que percebi lá foi um povo desinformado e quando percebe o que vai acontecer com eles reagem, embora precisem de gente de lá que estudou universidade e tem compromisso com seu povo a liderar a resitência.Mas me parece que o ilustre advogado filho da terra, pensa e age distante de seu povo. Que pena!!!! pe. Edilberto Sena

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