O Pará tem 24 municípios em situação de emergência e cinco em estado de alerta, em consequência do aumento das chuvas e dos níveis dos rios, principalmente o Xingu, o Tapajós e o Tocantins. Mais de 30.400 pessoas corriam risco de ser afetadas em todo o Estado, mas só nos municípios de Altamira e Itaituba há desabrigados.
Segundo o coronel Paulo Gerson, comandante do Corpo de Bombeiros, os municípios em situação de emergência são Água Azul do Norte, Altamira, Trairão e Xinguara (devido a enxurradas); Alenquer, Almeirim, Anapu, Aveiro, Cachoeira do Arari, Itaituba, Jacareacanga, Juruti, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Parauapebas, Porto de Moz, Prainha, Rurópolis, Santa Cruz do Arari, Santarém, Terra Santa e Novo Progresso (enchentes) e Nova Esperança do Piriá (atividade econômica ilegal).
Quase todos os municípios do oeste do Pará já decretaram situação de emergência por causa dos efeitos das fortes chuvas que caem sobre a região. Os municípios localizados nas margens de grandes e médios rios estão literalmente debaixo d´água e, em municípios longe dos rios, as chuvas destruíram o sistema viário, deixando intrafegáveis ruas, rodovias e estradas vicinais. As prefeituras não consegirão arcar com os prejuízo de milhões e pedem ajuda aos governo estadual e federal.
Até agora o município de Altamira é o mais atingido pelas enchentes. No entanto, cidades como Santarém, Itaituba, Juruti, Monte Alegre, Alenquer, Óbidos e Almeirim estão em situação de emergência e as águas não páram de subir. Em Santarém, a água já invadiu a avenida Tapajós e já está tomando a orla nova da cidade, que nunca foi alagada desde a sua inauguração. O nível dos rios Tapajós e Amazonas continuam subindo de 3 a 4 centímetros por dia.
Na vila de Alter do Chão a água tomou conta da Orla e ameaça invadir as pousadas localizadas na beira da praia. Com as chuvas, o movimento na vila é fraco. Nessa época já é comum a praia ficar submersa, mas com as chuvas deste ano, a água já ocupa as ruas e alcança as casas. Para muitos a situação é sinônimo de prejuízo. A renda dos catraieiros diminui consideravelmente.
Em Juruti, o prefeito Henrique Costa devretou situação de emergência. Nesta segunda-feira, foi a vez de Almeirim ter a situação de emergência homologada pelo governo do Estado. A Defesa Civil fez uma inepenção no município e conatatou a gravidade da situação. Em Monte Alegre, o prefeito Jardel Vasconcelos também decretou situação de emergência depois que as chuvas provocaram estragos materiais nas áreas urbana, de várzea e rural do município, laém de deixar pessoas desabrigadas na cidade.
Em Óbidos, as águas já estão invadindo as ruas da frente da cidade e a população que mora às margens do Laguinho já começaram a se prevenir. A Travessa Pauxis, está parcialmente alagada e muitas pontes já foram improvisadas para que os moradores tenham acesso as suas casas. Na cidade de Alenquer, o rio Surubiu já avançou sobre a primeira rua da cidade, com mais de um metro de profundidade. No município de Prainha um bairro inteiro está debaixo da água e muitas famílias tiveram que abandonar suas residências temendo principalmente animais peçonhentos.
No dia 25, o prefeito de Oriximiná, Luiz Gonzaga, também decretou emergência e se dirigiu com uma equipe ao interior, que 80% está submerso. A Mineração Rio do Norte disse que a empresa doará madeiras e a enchente persistir doará também mantimentos. A situação das famílias é crítica e a prefeitura avalia a possibilidade de ter que remover muitos moradores caso as águas continuem a subir desta forma.
As chuvas atingem também os municípios da Transamazônica e Santarém Cuiabá. Os municípios de Placas e Uruará, na BR-230, estão em situação de emergência por causa dos estragos causados pelas chuvas. A estradas vicinais estão sendo destruídas pelas enxurradas e muitos moradores têm dificuldade de acesso. Além disso, o acesso às próprias cidades está comprometido por causa do rompimento de bueiros e pontes nas rodovias federais.
Fonte: EcoAmazônia
Nenhum comentário:
Postar um comentário