terça-feira, setembro 09, 2008

Bate boca na Câmara, de novo

O clima de cordialidade que costuma cercar as sessões da Câmara Municipal passou longe, hoje, da Casa de Leis.

Tudo começou quando o vereador Antônio Cardoso pediu para falar e foi informado pelo presidente João Bastos Rodrigues, que não poderia subir à tribuna, porque tinha chegado atrasado, não tendo sido inscrito para falar.

Cardoso evocou o direito de falar como vice-líder do governo, uma vez que o líder, vereador César Aguiar, estava ausente. Nisso, o vereador Manoel Diniz entrou em ação. Como líder do PMDB argumentou que seu colega não tinha autorização para falar pelo líder.

César estava em seu gabinete, para onde Cardoso se dirigiu, chegando acompanhado do líder, que o autorizou a falar em seu lugar. Aí, o presidente só concedeu cinco minutos para a fala, o que gerou nova discussão muito acalorada.

O vereador César Aguiar argumentou que teriam que ser dez minutos, pois se tratava do tempo da liderança. Os vereadores Manoel Diniz e Ana Cativo protestaram, mas apesar da babel que se formou, pois quase todos falavam ao mesmo tempo, a presidência concedeu os dez minutos.

Enquanto fala, Cardoso foi interrompido por Ana Cativo, mesmo diante dos pedidos do presidente para que fizessem silêncio. A temperatura continuou subindo, até o ponto de João Bastos Rodrigues dizer: “eu já estou começando a pegar corda”.

Houve, ainda, uma discussão entre os vereadores Manoel Diniz e César Aguiar. Diniz mostrou o regimento interno, afirmando que nada consta no mesmo, dizendo que o vice-líder pode substituir o líder, ao que César retrucou, querendo saber como ele, Diniz, substituía automaticamente o presidente da Casa, na ausência do mesmo.

Na verdade, tudo não passou de tensão eleitoral, como gostam de dizer César e Diniz, pois qualquer pessoa com um mínimo de informação sabe que se o líder de qualquer parlamento não estiver presente, o vice-líder o substitui, sem que haja necessidade de apresentar nenhuma credencial, conquanto ele, a partir do momento em que alguém é guindado a tal posto, está naturalmente credenciado para exercer a função de líder, quando isso se fizer necessário.

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