terça-feira, maio 27, 2008

Servidores já terão reajuste em maio

Fonte: Diaário do Pará - Apesar de algumas mesas de negociação com categorias do serviço público ainda não estarem “fechadas”, o governo do Estado já deu a martelada em relação ao reajuste salarial deste ano. Desde ontem, os servidores públicos estaduais estão recebendo os salários de maio com os reajustes concedidos. O pagamento do funcionalismo começou pelos inativos militares e pensionistas, e prossegue durante a semana para os demais funcionários (ver quadro).

O reajuste, que beneficiará todos os 90 mil servidores públicos do Estado - independentemente das negociações salariais, ainda em curso com os sindicatos que representam as diversas categorias - é de 6,5% para os profissionais de nível superior, de 9,21% para os de nível operacional e de 10,7%, para os de nível médio.Segundo o calendário de pagamento, divulgado pela Secretaria de Estado de Administração (Sead), os primeiros servidores da ativa a receber, a partir de amanhã, são os funcionários da administração direta. A partir de quinta-feira (29) será feito o pagamento dos servidores dos órgãos da área de segurança pública e das empresas indiretas. O último grupo a receber será o de servidores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

DESTAQUE - Segundo o chefe da Casa Civil da Governadoria, Cláudio Puty, o reajuste salarial oferecido este ano deve ser, como no ano passado, o maior do Brasil entre os Estados, acima da inflação e com ganhos reais aos servidores. O reajuste para o nível médio, ressalta Puty, inclui os aposentados e pensionistas, que são 53% do total do funcionalismo no Pará.

Com o reajuste, o máximo permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o salário dos professores de nível superior, com 200 horas, passa a ser de R$ 2.860,00 e o de nível médio, também com 200 horas, será de R$ 1.977,00. “Obviamente, os salários precisam melhorar muito, no Brasil, para os profissionais da educação, mas esse reajuste representa ganhos reais e históricos para a categoria, que sofreu perda salarial de 75% nos últimos 12 anos”, acrescentou.
Professores saem frustrados de reunião com Seduc.

A última rodada de negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores Estaduais em Educação (Sintepp) e o governo, terminou sem nenhuma definição, após quatro horas de muita discussão. Os professores esperavam um avanço na pauta econômica, o que o governo não se dispôs a dar, com a justificativa de que os representantes capazes de fazer este tipo de negociação estavam reunidos no Centro Integrado de Governo com a Intersindical.

A reunião começou às 16h na Seduc e se arrastou até às 18h30, quando a comissão do Sintepp retirou-se da sala para aguardar que alguns representantes do governo, que estavam no CIG, chegassem ao local para sentar à mesa de negociação com a secretária estadual de Educação, Iracy Gallo. Depois de mais uma hora, Jorge Panzzera, subchefe da Casa Civil, e Fernando Moraes, também da Casa Civil, chegaram à Seduc. Por volta das 20h, a reunião terminou no mesmo impasse. O governo manteve a proposta e os professores não só não aceitam, como ainda pediram a retirada da ação judicial que obriga o Sintepp ao pagamento de R$ 10 mil de multa por dia parado. O valor já ultrapassa R$ 100 mil. O Sintepp quer ainda a garantia de que não haverá desconto dos dias parados e exigem a presença de Carlos Puty, chefe da Casa Civil, na mesa de negociações.(E.M)

Grevistas pedem retirada de multa e de descontos
A partir das 9h de hoje, os grevistas se reúnem no ginásio da Universidade Estadual do Pará (Uepa) para assembléia-geral e às 15h volta à mesa de negociações com o governo do Estado, desta vez no CIG. A promessa é que Cláudio Puty, mesmo adoentado, esteja presente. “Se não houver uma proposta, já avisamos para nos ligarem porque nem haverá reunião à tarde.

Nossa decisão é de manter a greve e amanhã (hoje) estaremos reunidos para ouvir a decisão da categoria”, disse Conceição Holanda, do Sintepp.Segundo Abel Ribeiro, da comissão de negociação, a secretária tentou apenas avançar na pauta social e o que entrava mesmo é a pauta econômica. “Isso é uma enrolação, apenas nos colocaram prazos para reforma das escolas, para colocarem carteiras e transporte escolar, apenas três itens. É frustrante”.

Parados há 32 dias, os professores insistem que não vão recuar. “Vamos resistir até o governo voltar atrás”.A secretária estadual de Educação, Iracy Gallo, afirmou que o governo mantém a proposta de reajuste salarial escalonado e que está mantendo o compromisso de não repassar perdas inflacionárias. “O que acontece é que há perdas históricas de mais de dez anos, que a categoria entende que deve ser reposta agora e é impossível repor tudo isso em pouco tempo”. (E.M)

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