O Ministério dos Transportes projeta, para os próximos 15 anos, mudanças profundas na matriz de transportes no Brasil, com reflexos acentuados na Amazônia. A Região Norte, em particular, deverá priorizar a navegação no transporte de cargas e passageiros.
As hidrovias, que hoje têm uma participação de 13% na matriz de transportes, deverão passar a responder, até 2023, por 29%. As ferrovias, que respondem por cerca de 25% do transporte de cargas, terão sua participação elevada, segundo as projeções do governo federal, para 32%. As rodovias permanecerão majoritárias na matriz nacional de transportes, mas com participação declinante. O Ministério dos Transportes prevê que elas cairão dos atuais 58% para algo em torno de 33%.
A governadora Ana Júlia Carepa defendeu ontem, diante do secretário de política de transportes do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato, a antecipação dos investimentos previstos para implantação de hidrovias no Pará. Ana Júlia citou especificamente as hidrovias Tocantins/Araguaia e Tapajós/Teles Pires como empreendimentos prioritários, até para compatibilizar as condições de crescimento econômico com o novo modelo de desenvolvimento que o atual governo pretende implantar no Estado, conforme acentuou.
A governadora destacou que parte dos investimentos prioritários para o Estado já estão previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo federal. Neste caso, disse Ana Júlia, estão as rodovias BR-163 (Santarém/Cuiabá) e BR-230 (Transamazônica), a ampliação do porto de Vila do Conde e a conclusão das eclusas de Tucuruí. A transposição da barragem de Tucuruí, conforme destacou Ana Júlia, é uma obra de fundamental importância porque vai criar mais um grande corredor de escoamento de cargas. (Diário do Pará)
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Minha opinião: Antes tarde do que nunca!
Que bom que um dia alguém lembrou que o transporte sai muito, mas muito mais barato transportar cargas por água.
Se a governadora Ana Júlia estiver falando sério, se não for só jogo de cena e se empenhar para que as hidrovias Tocantins-Araguaia e Tapajós-Teles Pires se tornem realiade, o Pará dár um salto gigantesco nessa questão do transporte de suas riquezas e até de outros, assim como de outros estados que poderão usar nossos portos, como é o caso de Mato Grosso, que gostaria de ver sua produção de grãos sendo escoada via porto de Santarém.
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