quinta-feira, abril 05, 2007

Protesto pela abertura do HR

SANTARÉM - Diário do Pará

Dezenas de pessoas estiveram no final da tarde de ontem em frente ao Hospital Regional (HR) de Santarém, realizando uma vigília. Eles pediram o funcionamento do órgão em 30 dias e esperam ser atendidos pelas autoridades da área de saúde. Dezenas de velas foram acesas e apitos foram distribuídos para que o barulho pudesse chamar a atenção da atual administração do hospital, que não saiu das dependências do órgão.

Alguns depoimentos foram feitos por pessoas que necessitaram de atendimentos que deverão ser oferecidos no HR e tiveram que ser transferidos para as cidades de Manaus e Belém, por falta de um setor que pudesse fazer o atendimento em Santarém. Letícia Fernandes é deficiente física e disse ter testemunhado as dificuldades que várias pessoas enfrentaram para conseguir no município autorização para atendimento fora de domicílio.

Um dos coordenadores do movimento, Erick Jennings, disse que a partir da vigília, que teve início por volta das 17h, espera o resultado e que o hospital passe a funcionar, mesmo parcialmente, nos próximos dias. Conceição Menezes, do Conselho Municipal de Saúde, destacou que em Santarém tem profissionais gabaritados para administrar alguns setores e não é necessário importar mão-de-obra.

As mais de 10 entidades que lideraram a vigília utilizaram um sistema rigoroso para evitar que o objetivo da manifestação fosse desvirtuado. Impuseram que políticos não poderiam subir no carro-som e falar ao microfone, o que deixou ofendidos muitos vereadores. Alguns deles se pronunciaram na Câmara e acharam um “desrespeito” não dar oportunidade aos representantes do povo em lutar por um objetivo de tamanha importância.

A proibição foi cumprida. Só subiram no carro-som as pessoas que fizeram inscrição para dar testemunhos das dificuldades enfrentadas no sistema público de saúde. Para encerrar a vigília, dezenas de velas foram acesas e os participantes cantaram o Hino Nacional.
Albanira Coelho

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