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O Hospital Regional do Oeste do Estado, situado em Santarém, completou seu terceiro mês de inauguração, quarta, 28/03 e ainda continua inativo. A sociedade da região protesta contra esse desrespeito às vidas humanas que poderiam ser salvas com os modernos aparelhos existentes no novo hospital. Esse assunto foi debatido na Assembléia Legislativa, por iniciativa do deputado Márcio Miranda, quando os deputados cobraram uma posição do secretário estadual de saúde, Halmélio Sobral, que saiu pela tangente.
Quarta-feira passada, empresas e entidades de Santarém lançaram um manifesto contra essa situação, o qual foi divulgado pelas emissoras de TV e de Rádio. Em Itaituba o vereador César Aguiar tratou do assunto na sessão da Câmara, no mesmo dia, ressaltando a importância desse hospital, também para este município. Ele aproveitou o momento para lembrar que Itaituba não pode deixar de lutar para também ter o seu hospital regional que atenda aos municípios do sudoeste paraense. A seguir, o texto do manifesto.
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Manifesto pela vida - A população do Oeste do Pará, através de empresas e entidades representativas, apresenta o seguinte manifesto pela vida:
O Hospital Regional do Oeste do Pará, antigo sonho e necessidade da população, foi inaugurado pelo Governo do Estado em dezembro do ano passado e deveria contribuir com o atendimento de casos de saúde de média e alta complexidade, como por exemplo, o diagnóstico e tratamento de câncer.
O Hospital Regional tem ambulatórios, enfermarias com 128 leitos, moderna UTI, berçário patológico, aparelhos de tomografia de crânio, de ressonância magnética, de endoscopia e de ultra-som, que custaram aos cofres públicos mais de 80 milhões de reais.
Como explicar que essa grande estrutura CONTINUA INATIVA, sem atender um só paciente, após três meses de sua inauguração!
Como aceitar ver um gigante adormecido como o Hospital Regional, sem dar atendimento à população, enquanto o Hospital Municipal de Santarém abriga pacientes pelos seus corredores, dando seus últimos suspiros?
Isso é uma afronta à população!
Mais de 12 mil currículos de profissionais foram analisados, e o quadro funcional sequer foi concluído e o pessoal ainda nem foi treinado.
Como admitir, que ao mesmo tempo em que morre uma criança por falta de UTI infantil no hospital Municipal, um respirador moderno comece a ser destruído por fungos pela falta de uso, no Hospital Regional?
Quantas vidas humanas ainda serão necessárias para sensibilizar nossas autoridades do início dos trabalhos deste moderno hospital, já que grande parte de sua estrutura física encontra-se montada e pronta para funcionar?
Não podemos aceitar que interesses diferentes ao atendimento das populações carentes, que por décadas sofrem com a falta de tratamentos mais complexos, continuem sendo motivo para a insensibilidade do poder público em solucionar tal problema.
Acreditando em um compromisso maior que une a todos, independentemente de crenças, condições sociais ou convicções políticas, CONVOCAMOS toda a população a se juntar numa só voz pelo funcionamento do Hospital Regional do Oeste do Pará que é, antes de tudo, uma esperança de vida para todos.
Que as autoridades se sensibilizem com as urgentes necessidades da população e coloquem o Hospital Regional do Oeste do Pará para funcionar.
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