Rio Tapajós não pará de subir
O município de Itaituba, no oeste do Pará, está em estado de alerta por causa da enchente deste ano. O rio Tapajós não pára de subir e, segundo informou a Defesa Civil do Estado, algumas ruas já estão alagadas. Apesar do alerta e da preocupação dos moradores, ainda não foi necessário remanejar nenhuma família para áreas mais altas e não existe ninguém desabrigado na cidade. Em todo os municípios banhados pelos rios Tapajós e Amazonas existe uma preocupação por causa da enchente, que deve aumentar devido às fortes chuvas que caem diariamente na região.
Levantamento feito pela Capitania dos Portos em Santarém, onde os dois rios se encontram, aponta que esta poderá ser a maior cheia dos últimos anos, fato tido praticamente certo para os moradores ribeirinhos mais antigos. Segundo os números obtidos pela Capitania, o nível das águas está quase um metro maior que o verificado no mesmo período do ano passado, o que indica que a cheia está mais forte.
A Capitania verificou em março deste ano o nível das águas estava mais de 60 centímetro maior que o registrado em março de 2006. Pior que se seguir a tendência dos anos anteriores, os rios devem continuar subindo pelo menos até o mês de junho. Ano passado, o nível das águas só voltou a baixar em julho, segundo informou a Capitania. 'Entretanto não podemos precisar se águas dos rios Amazonas e Tapajós irão continuar a subir. Sabemos que a natureza é imprevisível', disse o Tenente Capitão Mendonça, da Delegacia Fluvial de Santarém. Para os ribeirinhos, uma grande cheia pode trazer problemas tão graves quanto os provocados pela seca ocorrida no verão passado. Um dos problemas é o aumento dos gastos com alimentação, pois as pessoas que moram na várzea não podem produzir. Além disso, os moradores que criam animais, como bois, têm dificuldades para transferir o rebanho para uma área de terra firme, ocasionando a morte de muitas rezes. Para o Capitão Mendonça, a navegação este período requer mais cuidado dos comandantes de embarcações, principalmente com a superlotação.
É neste época do ano que ocorrem a maioria dos naufrágios na região. A Capitania mantém uma fiscalização continua nas embarcações que saem do porto de Santarém, prevenindo possíveis naufrágios durante seus percursos.A fiscalização, no entanto, não é suficiente para conter a superlotação nos barcos. É que muitas embarcações, após a fiscalização no porto de Santarém, chegam até às comunidades ribeirinhas e pegam mais cargas e passageiros, ultrapassando a lotação permitida pela capitania. A viagem se torna um grande risco para os passageiros. 'Os comandantes e donos de embarcações precisam se conscientizar do perigo de transportar pessoas e cargas em excesso, pois como podemos observar o número de pessoas viajando para outros municípios é grande. Os passageiros devem reclamar desta situação, pois é a vida dos usuários deste transporte que está em jogo', disse Mendonça.
Fonte: O Liberal
Embora a fonte seja O Liberal, esta notícia foi extraída do blog Farol Luz sobre os Fatos.
Meu comentário: Estive hoje na Terminal Hidroviário, onde conversei com o Pezão, agente de viagens, que anota o movimento das áquas do Tapajós, diariamente. Ele tem tudo anotado no seu caderninho. Segundo suas anotações, a enchente está menor do que a do ano passado. O Rio Tapajós baixou dois centimétros de ontem para hoje, embora haja tendência de subir bastante ainda, uma vez que continua chovendo muito e os principais afluentes estão bastante cheios. Existe, sim, motivo para ficar alerta.
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