segunda-feira, junho 27, 2022

Estudo associa vacinação contra a gripe a uma redução de 40% no risco de Alzheimer; entenda

Efeito protetor foi observado em análise com mais de um milhão de idosos nos Estados Unidos

Ao longo de quatro anos, pessoas que receberam ao menos uma dose da vacina contra a Influenza – vírus causador da gripe – tiveram uma probabilidade 40% menor de desenvolver a doença de Alzheimer em comparação com os não vacinados. A conclusão é de um novo estudo de pesquisadores do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Journal of Alzheimer's Disease.

Para constatar a ligação, os cientistas utilizaram informações disponíveis em um banco de dados de pacientes com mais de 65 anos entre setembro de 2009 e agosto de 2019. Foram incluídos na análise cerca de 1,9 milhão de indivíduos que não tinham um diagnóstico prévio de demência.

Ao fim do período, entre os cerca de 936 mil que receberam ao menos uma aplicação do imunizante da gripe, a incidência de casos de Alzheimer foi de 5,1%. Por outro lado, entre o mesmo número de integrantes que não foram vacinados, a prevalência da doença foi de 8,5%. Em comparação, o risco para o desenvolvimento do problema neurológico foi 40% maior no grupo de pessoas protegidas contra o vírus Influenza.

"Descobrimos que a vacinação contra a gripe em adultos mais velhos reduz o risco de desenvolver a doença de Alzheimer por vários anos. A força desse efeito protetor aumentou com o número de anos em que uma pessoa recebeu uma vacina anual contra a gripe . Em outras palavras, a taxa de desenvolvimento da doença de Alzheimer foi mais baixa entre aqueles que receberam consistentemente a vacina contra a gripe todos os anos”, explica o pesquisador da universidade e um dos responsáveis pelo estudo Avram Bukhbinder, em comunicado.

Os resultados foram divulgados dois anos após o time da Universidade do Texas ter identificado pela primeira vez a possibilidade de haver uma ligação entre o imunizante e o risco de Alzheimer. No entanto, os pesquisadores ressaltam que os mecanismos por trás desse efeito protetor ainda não foram completamente desvendados pela ciência.

“Como há evidências de que várias vacinas podem proteger contra a doença de Alzheimer, estamos pensando que não é um efeito específico da vacina contra a gripe. Em vez disso, acreditamos que o sistema imunológico é complexo, e algumas alterações, como pneumonia, podem ativá-lo de forma a piorar a doença de Alzheimer. Mas, outras coisas que ativam o sistema imunológico podem fazê-lo de uma maneira diferente - uma que protege da doença. Claramente, temos mais ainda a aprender sobre como o sistema imunológico piora ou melhora os resultados nesta doença”, diz o também autor do estudo Paul Schulz, diretor do Departamento de Distúrbios Neurocognitivos da Universidade do Texas.

O recado dos militares a Lula sobre as eleições

Bela Megale - Lula tem evitado fazer uma investida junto às Forças Armadas durante sua campanha, mas interlocutores do petista com trânsito na caserna seguem em conversas com militares de alta patente. O recado mais recente dado foi: “vamos respeitar o resultado das eleições, esqueça da gente”. 

Integrantes do alto comando deixaram claro para pessoas próximas a Lula que não querem ser envolvidos na disputa eleitoral. Eles também afirmaram que há “grande incômodo” entre parte dos militares sobre a atuação do Ministério da Defesa nos questionamento que envolvem o processo eleitoral, em sintonia com o presidente Bolsonaro.

A avaliação feita por membros das Forças Armadas a um interlocutor de Lula é que citações diretas do ex-presidente aos militares "não trazem benefício a nenhum dos lados" e que o ideal seria que o petista ficasse longe de polêmicas. 

Na semana passada, Lula disse em um evento em Aracaju que fica “triste” com a relação entre Bolsonaro e as Forças Armadas. "Eu fico triste, [senador Jacques] Wagner, você foi ministro da Defesa. Fico triste quando vejo as Forças Armadas batendo continência para um cara que foi expulso do Exército brasileiro por mau comportamento. Não é possível", afirmou.

Fonte: O Globo

Pesquisa BTG/FSB mostra oscilação entre Lula e Bolsonaro

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue na liderança da corrida presidencial, com 43% das intenções de voto, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto FSB, sob encomenda do banco BTG Pactual. O presidente Jair Bolsonaro aparece em segundo lugar, com 33%, no cenário estimulado - quando os entrevistados recebem uma lista com os nomes pré-candidatos.

Em comparação com o levantamento anterior,  a pesquisa divulgada nesta segunda-feira (27) indica que, o candidato do PT oscilou de 44% para 43%, enquanto que Bolsonaro flutuou um ponto percentual para cima, indo de 32% para 33%. Com essa variação, a diferença entre os dois candidatos caiu de 12 para 10 pontos. No entanto, a variação está dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Em relação aos demais candidatos, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) manteve a terceira colocação, com 8%, mas sofrendo uma queda de um ponto percentual na comparação com a última sondagem. A senadora Simone Tebet (MDB) ficou com 3%; o deputado federal André Janones (Avante), 2%; e Pablo Marçal (Pros), 1%.

O cientista político Felipe D'Avila (Novo), o ex-deputado José Maria Eymael (DC), a sindicalista Vera Lucia (PSTU), Sofia Manzano (PCB), o deputado federal Luciano Bivar (União Brasil) e Leonardo Péricles (UP) não chegaram sequer a pontuar.

Mas como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, todos esses pré-candidatos estão tecnicamente empatados. Em relação à rodada anterior, Tebet oscilou um ponto percentual para cima, assim como Janones e Marçal. D'Avila flutuou um ponto para baixo. Os demais pré-candidatos ficaram estáveis. A pesquisa ouviu 2.000 eleitores por telefone entre 24 e 26 de junho.

O índice de confiança do levantamento é de 95%. A pesquisa custou R$ 128.957,83 e foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-05022/2022.

Primeiro turno

Lula (PT): 43%

Jair Bolsonaro (PL): 33%

Ciro Gomes (PDT): 8%

Simone Tebet (MDB): 3%

André Janones (Avante): 2%

Pablo Marçal (Pros): 1%

José Maria Eymael (DC)*: 0%

Vera Lúcia (PSTU)*: 0%

Sofia Manzano (PCB)*: 0%

Luciano Bivar (União Brasil)*: 0%

Leonardo Péricles (UP)*: 0%

Nenhum: 5%

Branco/nulo: 1%

Não sabe/não respondeu: 2%

Fonte: UOL Notícias

Expedição América do Sul: Gasolina a preço de água, e aniversário na estrada

18 de outubro de 2008, dia em que completei 58 anos de idade, levantei às cinco horas da manhã pensando que eram seis. Desliguei o ar-condicionado do apartamento para que o Jadir acordasse. Depois que já estávamos prontos, meu amigo cumprimentou-me pela passagem do meu aniversário. Às 06:05 já tínhamos pegado a estrada.

          Valeu a pena acordar cedo, pois na saída da cidade de Morón fomos presenteados com uma das imagens mais belas de toda a viagem, um nascer do Sol magnífico numa praia do mar do Caribe, entre coqueiros. Como eu gosto muito de fotografia, aquilo teve o significado de um presente de aniversário que a Natureza me concedeu.

          Morón, com seus 25 mil habitantes e seu complexo urbano-industrial ficou para trás. Seguimos em frente, tendo o mar do caribe como companhia por algumas horas. Por volta de 09:00 bateu um sono pesado em mim. Tive muitas dificuldades para manter-me desperto, e houve um momento em que corri sério risco, pois cochilei em cima da moto. Foi coisa muito rápida, talvez uns dois segundos, mas o suficiente para assustar-me quando despertei com um carro atrás de mim em alta velocidade. Isso aconteceu antes e voltaria a acontecer várias outras vezes, tanto comigo, quanto com o Jadir.

          Pouco depois das nove da manhã chegamos a Coro, capital do estado de Falcón, fundada em 1521, uma cidade histórica que conserva muito bem seu patrimônio arquitetônico do Século XVI, construído pelos espanhóis. Registramos nossa passagem por lá com nossas lentes, procurando não demorar, pois queríamos atravessar a fronteira com a Colômbia naquele mesmo dia.

          Quase duas da tarde passamos por Maracaibo, a segunda maior cidade da Venezuela, capital do estado de Zulia, fundada pelos espanhóis em 1529. Sua população é de mais de 1 milhão e 300 mil habitantes. A gente mal vê a cidade, porque a fumaça emanada das torres de extração de petróleo do Lago Maracaibo ofusca quase tudo. Fizemos fotos da enorme ponte de 8,5 km e fomos adiante.

          Quando faltavam 40 km para a fronteira com a Colômbia, os pontos de controle aumentaram muito. Era um atrás do outro. A maioria deles era da Guarda Nacional, mas, havia uns da Polícia do Estado de Zulia. Numa das últimas ALCABALAS, nome dado aos postos de controle da Guarda Nacional, eu tive problemas.

          Como fiz dezenas de vezes, passei devagar, olhando para o lado, para ver se algum militar fazia sinal para que eu parasse. Naquela, passei um pouquinho mais ligeiro do que deveria. Quando eu já ia a uns 300 metros, observei que mandaram o Jadir parar. Incontinenti senti que o problema não era com ele, mas comigo. Por isso, fiz a curva e voltei imediatamente, para não piorar as coisas.

          “O senhor pensa que está na sua casa? Quem o senhor pensa que é, para passar assim como fez? O senhor não viu o aviso de parar? Por causa disso está multado em 600 bolívares fortes (equivalentes a quase R$ 300,00). O senhor tem que pagar em moeda nacional, pois não são aceitos dólares ou qualquer outra moeda estrangeira. Se não tiver o dinheiro, a moto vai ficar retida até que a multa seja paga”, disse o tenente Jorge Maldonado, muito ríspido.

          Eu tive que me humilhar bastante para tentar sair daquela situação muito embaraçosa. Disse ao militar da toda poderosa Guarda Nacional venezuelana, que humildemente, pedia mil perdões por ter feito aquilo. Falei que era um cidadão cumpridor das leis no meu país e que não seria no país deles, onde a gente estava sendo muito bem tratado, que iria começar a desrespeitar as leis. Isso já era perto de três da tarde, com um Sol de rachar. Então, ele nos convidou a irmos para a sombra para continuar a dura conversa.

          Depois de mais de vinte minutos, eu e o Jadir argumentando, nada do homem ceder. Então eu disse que éramos aventureiros, que estávamos conhecendo a América do Sul, sendo meu amigo um professor de nível superior e eu jornalista. Quando falei qual era minha profissão ele mudou bruscamente de atitude. Não sei até hoje se ele simpatizava com a atividade do jornalismo, ou se temia por alguma coisa. A verdade é que ele demonstrou um certo ar de preocupação.

          “Olha, vou deixar você ir e não vou lhe multar. Mas, tome cuidado daqui para frente, pois você pode encontrar pessoas que não sejam tão compreensivas quanto eu”, disse ele. Nem precisava recomendar. Após aquele incidente eu passei sempre muito mais devagar pelos postos de controle, ainda mais atento do que antes.

          Daquela alcabala para frente enfrentamos o pior trecho de estradas em toda a Venezuela. Não sei porque, perto da fronteira com a Colômbia não havia serviço de conservação da rodovia, a qual tinha muitos buracos de tudo quanto era tamanho, alguns bem perigosos para condutores desatentos.

          O relógio marcava 16h30 quando chegamos à fronteira da Venezuela com a Colômbia. Nos contatos que eu e o Jadir tivemos com o povo venezuelano de perto da região fronteiriça, observamos que esse, na maioria, não manifestava nenhum entusiasmo com os rompantes de super-herói do presidente Hugo Chaves, no que tange ao episódio da movimentação de tropas na fronteira com o país vizinho. Não se observou sentimento de hostilidade para com “los hermanos” vizinhos.

          Na alfândega venezuelana fomos liberados bem rápido. Entramos na Colômbia, no povoado de Paraguachón, onde também as autoridades aduaneiras nos despacharam sem perda de tempo. Aliás, no que diz respeito a essa questão burocrática, a Colômbia é um dos países da América do Sul onde o viajante menos perde tempo, se estiver com a documentação em dia.

          Deixamos para trás a Venezuela, país no qual, tirando o incidente do posto de controle, fomos sempre muito bem tratados por todos aqueles com os quais tivemos contato. Quando pedíamos informações, tanto para pessoas comuns, quanto para policiais, fomos sempre bem atendidos.

          Passamos pelos estados de Bolívar, Anzoategui, Miranda, Carabobo, Falcón e Zulia, percorrendo quase três mil quilômetros, gastando muito pouco, pois a gasolina por lá é quase de graça. Com noventa centavos de Real enchia o tanque da minha XTZ 125. O Jadir gastava um pouquinho mais porque sua moto era uma BROS 150, que tem um tanque maior. Fiz todo o percurso no país de Hugo Chaves gastando menos de dez reais. Parece brincadeira, mas é verdade. O preço da gasolina na Venezuela é quase totalmente subsidiado pelo governo, que resista às pressões internacionais para que sejam aumentados.

           Minha filha Glenda, que esteve na Venezuela há alguns anos, tinha me avisado que eu deveria me preparar para enfrentar a comida ruim daquele país. Claro que em ambientes sofisticados come-se melhor. Mas, esse não era o nosso caso; tínhamos que economizar. Assim sendo, tivemos que enfrentar cada gororoba que só vendo para crer. Houve momentos em que a gente só experimentou a comida, pois não tinha gosto de nada. Dizem que quando eles querem comer melhor, mandam buscar cozinheiros ou cozinheiras na Colômbia.

          Naquele dia 18 de outubro, especial para mim, nós desejávamos dormir em Maicao, a primeira cidade colombiana pela frente, logo na entrada do país, mas demos o azar do departamento que cuida da liberação de veículos que entram pela fronteira já estar fechado, com a possibilidade de reabrir domingo de manhã, mas, com o risco de só voltar a funcionar segunda-feira.

          Sem alternativa, fomos procurar hotel para ficar, o que não foi difícil, porque Paraguachón é um vilarejo muito pequeno, que vive em função da fronteira. Fomos para a Hospedage Frontera, cuja aparência da frente engana, pois funciona como uma casa de família com muitos quartos e um serviço de boa qualidade, incluindo a alimentação.

E aí sentimos de cara a diferença entre a cozinha venezuelana e a colombiana, que é incomparavelmente muito melhor. Água em Paraguachón é um problema, pois não há água encanada, nem poço. Tudo que é consumido do precioso líquido vem de Maicao. Por isso, água vale ouro lá. Mas, estavam construindo um grande reservatório e em breve haverá água nas casas.

          Na medida do possível mandamos preparar um jantar especial, sem luxo, mas caprichado. Afinal de contas, aquele era o dia do meu aniversário. Juntamos a Maria, que cozinhou para nós e mais o Erick Gonzalez, que trabalhava no local para cantar os parabéns e para fazer as fotos.

Naquele dia a conta foi pagar só por mim, com muito prazer. Depois fomos tentar manter contato com o Brasil. No meu caso, era o aniversariante do dia ligando para os seus, para receber os parabéns. Consegui conversar com a Marilene, com o Ingo, com a Glenda e o Raoni. Bem mais tarde formos dormir na expectativa de que o funcionário do governo que liberava as motos para circular no país resolvesse dar uma volta no escritório na manhã de domingo.

 

Comentário: De lá pra cá, muita coisa mudou. Maduro transformou a Venezuela num país de inflação descontrolada, onde a violência também saiu do controle do estado, a gasolina deixou de ser barata e ficou muito cara e parte da população fugiu, sobretudo para a Colômbia, que pela primeira vez em sua história elegeu um presidente de esquerda.

Homem é preso após atropelamento e disparos de arma de fogo em Itaituba

Homem é preso após atropelamento e disparos de arma de fogo em Itaituba

A Polícia Militar realizou a prisão de um homem, identificado como Aldair, acusado de pelo menos seis crimes ocorridos na madrugada deste domingo (26), no bairro Bom Remédio, em Itaituba.

Segundo a PM, tudo aconteceu após um acidente de trânsito envolvendo o acusado e uma mulher identificada como Mariana, que resultou em discussão acalorada. Durante a discussão, Aldair entrou em seu veículo e acelerou, atropelando um homem identificado como Raylton, esposo de Mariana, deixando o mesmo ferido na perna.

Ainda segundo informações, Aldair deu a volta no quarteirão da 21ª rua e retornou ao local em alta velocidade. Ao chegar próximo ao local do acidente, o homem efetuou dois disparos de arma de fogo em direção ao casal.

A Polícia Militar foi acionada e localizou o acusado na altura da 29ª rua com São José, apreendendo um revólver da marca Taurus, calibre .38, com quatro munições intactas e duas deflagradas. Após abordagem policial, Aldair resistiu a prisão e precisou ser algemado.

Após a prisão, o acusado ainda teria oferecido a quantia de R$ 10.000,00 para não ser autuado em flagrante delito. O mesmo foi preso acusado de atropelamento, ameaça, disparo de arma de fogo, porte ilegal de arma de fogo, embriaguez ao volante e tentativa de suborno.

Fonte: Portal Giro

domingo, junho 26, 2022

Debate CNN: governos de esquerda ganham espaço na América Latina

Agora, somente quatro governos na América Latina são de direita

Em debate realizado pela CNN neste sábado (25), os deputados federais Alexandre Padilha (PT-SP) e Alê Silva (Republicanos-MG) discutiram sobre a ascensão de governos de esquerda na América Latina, após a vitória de Gustavo Petro na Colômbia, que nunca antes em sua história havia tido um presidente esquerdista.

Além da Colômbia, a esquerda avançou em vários países sul-americanos nas últimas eleições. Em 2019, Alberto Fernández venceu Mauricio Macri na Argentina, enquanto no ano passado o professor rural Pedro Castillo venceu a candidata Keiko Fujimôri, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, no Peru. No Chile, o deputado e ex-líder estudantil Gabriel Boric venceu o advogado José Antonio Kast. Todos esses países eram governados pela direita.

Para a deputada Alê Silva, o Brasil deve saber dialogar com os novos governos eleitos, mesmo que as ideologias sejam divergentes. “Eu não identifico grandes mudanças em ações do Brasil para com os países que hoje são governados por presidentes de esquerda, mesmo porque temos regras de soberania nacional que são atinentes à cada nação e que devem ser respeitadas por todos”, destacou.

“Como eu disse, dialogar e saber ouvir aqueles que tem opiniões totalmente diferentes da nossa é fundamental. É preciso uma relação com base no respeito, na diplomacia e com base na soberania”, acrescentou a deputada.

Já na visão do deputado Alexandre Padilha (PT-SP), o presidente Jair Bolsonaro não está preparado para estabelecer relações positivas com os governos de esquerda.

“Bolsonaro tem sido uma tragédia na política externa, colocando o Brasil cada vez mais no isolamento, seja com países com posições mais à esquerda ou seja também com presidentes que não tem essa posição, como o Macron, na França”, pontuou.

“Outra coisa importante é que essas vitórias na Colômbia, Chile, Bolívia e México são a representação de que a extrema direita foi incapaz de reduzir a desigualdade da América Latina, de enfrentar bem a situação na pandemia… e mostra que a população reagiu a isso, depois de errar nas eleições anteriores ou de ter sofrido golpes, como no caso da Bolívia, a população quando teve o direito de votar, colocou governos populares que tem no centro de seu projeto político a redução da desigualdade a diversidade na América Latina”, concluiu.

Fonte: CNN Brasil 

33 milhões de pessoas passam fome no Brasil, mais que há 30 anos, aponta pesquisa

Tiago Bastos de Santana, 24 , pede ajuda em cruzamento no bairro da Mooca - Karime Xavier - 20.nov.21/Folhapress

A situação no país retrocedeu, e 6 em cada 10 convivem com insegurança alimentar hoje

No ano de 2022 marca o retrocesso da segurança alimentar no Brasil com um contingente de pessoas passando fome ainda maior do que o registrado 30 anos atrás.

Atualmente, 33 milhões de pessoas passam fome no país, segundo resultado de uma nova pesquisa sobre o tema divulgada nesta quarta (8). Em 1993, eram 32 milhões de pessoas nessa situação, segundo dados semelhantes do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) –​a população brasileira então era 27% menor que a de hoje.

Naquele ano, o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, lançou a Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e pela Vida, a primeira grande campanha nacional da sociedade civil sobre o assunto.

"A gente regrediu literalmente 30 anos na luta contra a fome, o que nos assusta muito", diz o atual diretor-executivo da Ação da Cidadania, Kiko Afonso. "Mas o sentimento de indignação da sociedade brasileira hoje diante da fome de 33 milhões de brasileiros está muito aquém da indignação de 1993, diante da fome de 32 milhões. Estamos inertes como sociedade."

O evantamento divulgado nesta quarta, chamado 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, foi feito pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional) e executado pelo Instituto Vox Populi. A margem de erro é de 0,9 pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa mostrou que 6 a cada 10 brasileiros convivem com algum grau de insegurança alimentar. São 125,2 milhões de pessoas nesta situação, o que representa um aumento de 7,2% desde 2020 e de 60% na comparação com 2018.

Folga